
O médico Ronaldo Messias, acusado de agredir uma estudante de medicina em Gurupi, no sul do Tocantins, foi afastado temporariamente das atividades acadêmicas. A decisão foi confirmada pela Universidade de Gurupi (UnirG), que informou que a medida permanecerá até a conclusão das investigações.
A denúncia aponta que a agressão aconteceu dentro do Hospital Regional de Gurupi (HRG), onde a aluna de 27 anos realiza o internato, etapa obrigatória do curso de medicina. Segundo a Polícia Militar, o médico teria dado um tapa no rosto da jovem após ela responder de forma equivocada a uma pergunta. O caso foi registrado em boletim de ocorrência no dia 9 de setembro.
A defesa do médico afirma que o afastamento será de 15 dias e que ele provará sua inocência. “Entendemos que a decisão da instituição foi correta e logo ficará comprovado que não houve agressão”, disse o advogado Rayfran Vieira.
A UnirG informou que instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o caso. Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) determinou que o hospital transferisse o servidor para outra ala, “visando à integridade dos envolvidos, até a conclusão do processo”.
Estudante abalada
O marido da jovem, Marcello Batista, relatou que a esposa está “muito abalada” e com “medo de represálias” após o episódio. “Ninguém espera passar por isso em um ambiente escolar e de trabalho. Não é uma situação fácil, mas temos recebido apoio de amigos. Como esposo e como pai de menina, jamais gostaria de viver algo assim”, afirmou.
Como aconteceu
De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão ocorreu dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após o episódio, a Polícia Militar foi acionada e levou os envolvidos à Central de Atendimento da Polícia Civil, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por lesão corporal.
No dia seguinte, a defesa do médico declarou que testemunhas poderão confirmar que não houve agressão, alegando que o profissional apenas realizava “uma demonstração prática de procedimento médico”.
O Conselho Regional de Medicina do Tocantins instaurou uma sindicância para investigar o caso, garantindo o devido processo legal. Já a SES afirmou que abriu processo administrativo e reforçou que não admite atos de violência em suas unidades.
A coordenação do curso de medicina da UnirG também informou que tomará medidas administrativas para garantir a ética, o respeito e a proteção integral de estudantes, professores e servidores.
Íntegra da nota da Unirg
A Universidade de Gurupi (UnirG) informa que, em relação à denúncia de suposta agressão a uma discente, já foi instaurado um processo administrativo disciplinar para a rigorosa apuração dos fatos.
Como medida cautelar e preventiva, a instituição determinou o afastamento imediato do preceptor de suas atividades acadêmicas até a conclusão das investigações.
A UnirG reafirma seu compromisso com a transparência e a ética, garantindo a defesa intransigente da dignidade de toda a comunidade acadêmica.
Íntegra da defesa do médico
O médico Dr. Ronaldo, com mais de 14 anos de exercício profissional, vem a público, por meio de sua defesa, esclarecer os fatos recentemente divulgados pela mídia a respeito de suposta agressão a uma estudante de medicina no ambiente hospitalar.
Primeiramente, é importante destacar que o Dr. Ronaldo jamais agrediu ou tratou mal qualquer pessoa, seja em sua vida pessoal ou em sua trajetória profissional. Durante todos esses anos de dedicação à medicina, não há qualquer registro de conduta que desabone sua postura ética, responsável e respeitosa.
O episódio noticiado não corresponde à realidade. Em momento algum houve agressão. O que de fato ocorreu foi uma demonstração prática de procedimento médico, ocasião em que, de maneira técnica e sem qualquer força ou intenção de ofender, houve apenas um leve toque com a mão no rosto da aluna.
É relevante frisar que havia diversas pessoas presentes no local, que testemunharam a cena e poderão confirmar que não houve violência. A defesa já requereu a oitiva dessas testemunhas, bem como a análise das imagens das câmeras de segurança da unidade, as quais comprovarão que o fato não ocorreu da forma como foi noticiado.
O Dr. Ronaldo está absolutamente tranquilo quanto à sua conduta e à sua índole, aguardando serenamente que este mal-entendido seja esclarecido, reafirmando seu compromisso com a medicina, com seus pacientes e com a verdade.
Rayfran Vieira – Advogado
Fonte: g1 Tocantins