
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão contra Felipe Alexandre Wagner, assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR), suspeito de integrar um esquema de vazamento de informações sigilosas sobre investigações supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação ocorreu no âmbito da Operação Sisamnes e foi revelada pela revista Piauí.
Segundo a publicação, o servidor teria repassado informações internas da PGR a investigados no Tocantins. Em cumprimento ao mandado, policiais federais apreenderam celular e notebook de Wagner. Fontes ligadas ao caso afirmaram ainda que a PGR decidiu exonerar o funcionário do cargo comissionado, embora a medida ainda não tenha sido oficializada no Diário Oficial da União.
Operação Sisamnes no Tocantins
Deflagrada em novembro de 2023, a Operação Sisamnes investiga uma suposta rede clandestina de monitoramento e comércio de dados sigilosos em processos de grande repercussão. Na sua 9ª fase, a operação chegou ao Tocantins e resultou na prisão do advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), e do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), ambos já liberados.
De acordo com a investigação, o nome de Felipe Alexandre Wagner surgiu em uma conversa interceptada entre Eduardo Siqueira Campos e Thiago Barbosa de Carvalho, em 26 de junho de 2024. No diálogo, eles tratavam sobre supostos vazamentos relacionados às operações “Fames-19” e “Maximus”, que tramitavam sob sigilo no STJ.