
A Prefeitura de Angico, no norte do Tocantins, divulgou nota de esclarecimento nesta sexta-feira, 29, sobre a operação Domus Magna, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no dia anterior. A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos da gestão municipal.
Segundo a PF, a operação teve como alvos uma servidora da prefeitura e familiares dela, apontados como responsáveis por empresas de construção civil e saúde que venceram licitações e causaram prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões.
Nota da prefeitura
Na nota, a gestão municipal afirmou que não foi alvo da operação e que não houve diligências em órgãos públicos vinculados ao município. O documento ressalta que o poder público local tomou conhecimento da ação apenas pela imprensa.
A administração também informou que a servidora investigada foi afastada do cargo para que possa acompanhar as investigações e apresentar esclarecimentos às autoridades.
A prefeitura declarou ainda que “se coloca à disposição para colaborar com o procedimento investigatório e para quaisquer esclarecimentos necessários, prezando pela lisura em suas práticas e respeitando os princípios da legalidade, publicidade, moralidade e eficiência”.
Como funcionava o esquema, segundo a PF
De acordo com as investigações, o grupo usava saques em espécie e pagamentos via boletos a terceiros para ocultar a movimentação financeira. Parte dos valores era repassada por meio de casas lotéricas.
A Justiça Federal autorizou buscas e apreensões em 17 endereços de pessoas físicas e quatro empresas, além da quebra de sigilo bancário. Os mandados foram cumpridos em Angico, Tocantinópolis, Araguaína e Ananás.
Os investigados poderão responder por fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, crimes que podem resultar em penas de até 12 anos de prisão.