
Um professor do Colégio Estadual Criança Esperança, localizado na região Norte de Palmas, foi agredido por um aluno durante uma aula. O caso ocorreu na última semana e foi registrado em Boletim de Ocorrência. O episódio gerou forte repercussão entre a comunidade escolar e acendeu o debate sobre a falta de segurança dentro das instituições de ensino da rede pública estadual.
De acordo com o boletim, o professor, identificado pelas iniciais J.C.S., estava escrevendo no quadro quando foi surpreendido pelo ataque. O aluno desferiu um golpe com uma cadeira contra o docente e, em seguida, aplicou diversos socos na região da cabeça.
O professor relatou que havia percebido olhares ameaçadores do adolescente, mas não imaginava que poderia ser alvo de uma agressão física.
Após o ataque, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e encaminharam o docente para atendimento hospitalar. Ele recebeu licença médica e está afastado das atividades escolares. O professor também passou a receber apoio jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), que acompanha o caso.
Durante a revista da mochila do estudante, a direção da escola encontrou uma faca com lâmina de aproximadamente 15 centímetros. O pai do adolescente foi chamado para acompanhar a ocorrência.
A presidente do Sintet Regional de Palmas, Rose Marques, esteve na escola nesta terça-feira, 26, para dialogar com a direção. Ela criticou a falta de medidas efetivas de combate à violência nas escolas e cobrou providências imediatas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
O que diz a Seduc
À Gazeta, a Secretaria de Estado da Educação informou que, diante do episódio de agressão de um estudante contra um professor, ocorrido no último dia 20, no Colégio Estadual Criança Esperança, em Palmas, todas as providências foram adotadas em conformidade com o Regimento da Rede Estadual de Ensino.
O professor recebeu atendimento hospitalar, registrou boletim de ocorrência e realizou exames no Instituto Médico Legal. Ele segue acompanhado pela equipe gestora da escola, pelo núcleo multiprofissional e pela Superintendência Regional de Educação (SRE), que oferecem total suporte.
O estudante, de 17 anos, foi apreendido pela Polícia Militar no momento do ato infracional. Inicialmente, seria expulso da unidade escolar, contudo, a família solicitou a transferência, que foi efetivada.
A Seduc reitera seu repúdio a qualquer forma de violência no ambiente escolar e destaca que tem desenvolvido iniciativas voltadas para a promoção de uma convivência saudável entre estudantes, professores e comunidade escolar. Entre essas ações está o programa Escola de Emoções, pioneiro no Brasil, que trabalha o desenvolvimento socioemocional de alunos, servidores e familiares, além de fortalecer o trabalho das equipes multiprofissionais compostas por psicólogos, assistentes sociais e orientadores educacionais.
