Daniel Mascarenhas, de 32 anos, foi encontrado morto no porta-malas de um carro em Palmas — Foto: Redes sociais/SSP-TO/Reproduçã
Daniel Mascarenhas, de 32 anos, foi encontrado morto no porta-malas de um carro em Palmas — Foto: Redes sociais/SSP-TO/Reproduçã

Carlos Alberto Rodrigues Júnior, de 55 anos, suspeito de envolvimento na morte de Daniel Mascarenhas, de 32, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia realizada no domingo (28).

O corpo da vítima foi encontrado no sábado (27), dentro do porta-malas de um carro abandonado em área de mata próxima a um condomínio de luxo na região sul de Palmas. Daniel havia sido visto pela última vez na sexta-feira (26), segundo a Polícia Militar.

A defesa de Carlos Alberto nega a participação dele no homicídio. Em nota, informou que o cliente confessou apenas o crime de ocultação de cadáver, alegando ter agido sob coação irresistível. O advogado também negou envolvimento do acusado com o tráfico de drogas e disse que vai contestar a prisão preventiva.

Conforme decisão obtida pela TV Anhanguera, a Justiça acatou pedido do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e determinou a prisão preventiva do suspeito pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação ao tráfico, já que ele indicou à polícia um imóvel onde foram encontrados cerca de 8,7 kg de haxixe.

O juiz plantonista entendeu que a liberdade do investigado poderia comprometer as apurações, que ainda estão em fase inicial, especialmente porque o crime pode estar relacionado a disputas pelo tráfico de drogas na capital.

Investigação

Carlos Alberto foi preso em flagrante em uma agência bancária. Segundo a PM, ele usava calçados compatíveis com indícios recolhidos na cena do crime. Em depoimento, disse que a execução teria sido encomendada pelo próprio filho, apontado pela polícia como “um grande traficante” de Palmas.

O delegado Israel Andrade confirmou que a principal linha de investigação da Polícia Civil aponta ligação do homicídio com o tráfico. Daniel estaria envolvido em uma disputa com o filho do suspeito preso. Após a prisão, o próprio Carlos Alberto levou os policiais ao local onde as drogas estavam escondidas.

Apesar da prisão, a polícia segue em busca dos demais envolvidos, incluindo o mandante. A família da vítima preferiu não se pronunciar até a conclusão das investigações.

Drogas apreendidas em casa indicada por suspeito — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Íntegra da nota da defesa do suspeito

Em em nome do meu assistido, informamos à reportagem que meu cliente nega veementemente participação no crime de homicídio. De fato, houve uma confissão, porém tão somente em relação ao crime de ocultação de cadáver, praticado sob estado de coação irresistível. Meu cliente, de igual modo, nega participação em tráfico de drogas, e jamais se associou para o tráfico. A bem da verdade, o acusado é cidadão de bem, empresário, de conduta sempre irretocável. A defesa em momento algum concordou com a decisão que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e irá tomar as medidas cabíveis em prol da liberdade do acusado.
Leonardo Cristiano Cardoso Santos – OAB/TO 4.961

Fonte: g1 Tocantins