
Três homens presos durante operação que apreendeu mais de meia tonelada de cocaína que estava sendo transportada junto com uma carga de melancias passaram por audiência de custódia e a Justiça converteu as prisões de flagrante para preventivas. Eles são Dereck Oliveira Abreu, de 37 anos; Vivaldo Pereira da Silva, de 62 anos; e Jackson Costa de Miranda, de 23 anos.
A apreensão aconteceu nesta quarta-feira (9) e os suspeitos foram flagrados pela Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO). A suspeita da polícia é os 556 kg de cocaína tenha entrado no Brasil de avião.
O advogado Júlio Suarte, que faz a defesa de Dereck, informou por meio de nota que apesar da gravidade da investigação, a defesa apresentou elementos suficientes para demonstrar que não se justificava a decretação de sua prisão preventiva, já que o cliente é réu primário, possui bons antecedentes, não integra organização criminosa e colaborou com as autoridades. Também afirmou que a defesa tem expectativa de que as medidas cabíveis sejam revistas em instâncias superiores (veja nota na íntegra no fim da reportagem).
O advogado Otacílio Ribeiro, que faz a defesa de Vivaldo e Jackson, informou que, ‘nessa fase preliminar, a defesa dos acusados aguarda a conclusão do Inquérito para posterior manifestação’.
Dereck era o motorista do caminhão e foi abordado por polícias no município de Fátima. Ele afirmou em depoimento que saiu de Santa Fé de Goiás na segunda-feira (7) e iria entregar a carga na quarta-feira em Santa Izabel, no Pará. Também confessou que foi abordado em Porto Nacional por dois homens que ofereceram R$ 20 mil para ele levar a droga, e por isso aceitou fazer o transporte.
Conforme é citado pela promotoria na audiência de custódia, Vivaldo teria dado apoio logístico ao grupo criminoso em Porto, disponibilizando espaço em sua casa para que os integrantes guardassem veículos.
Jackson é filho de um dos investigados por suspeita de integrar o grupo criminoso e em sua casa foram encontradas seis armas de fogo, sendo uma delas com registro de furto, além de rádios comunicadores e combustível, materiais apreendidos pela Polícia Federal.
Durante a audiência, realizada com os três suspeitos ao mesmo tempo, o Ministério Público Estadual se manifestou pela conversão da prisão de flagrante para preventiva, diante da organização criminosa para evitar possível coação de testemunhas ou ocultação de provas.
Já as defesas alegaram que os suspeitos possuem réu primário e bons antecedentes para tentarem conseguir a liberdade com medidas cautelares diversas da prisão.
Diante das informações apresentadas, o juiz Alessandro Hoffmann Teixeira Mendes, da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, determinou a prisão preventiva dos suspeitos. O caso segue em investigação.
Fonte: g1 Tocantins