Maria José Cotrim

A chamada familiocracia na política do Tocantins é uma questão marcante no Estado em todas as eleições e na de outubro deste ano não é diferente. Quem são os parentes que vão disputar o pleito de outubro este ano?

Vamos lá!

Para começar vamos falar da possibilidade real do Estado ter dois senadores da mesma família. Isso porque o deputado federal Irajá Abreu do PSD pode ser indicado para disputar uma das duas vagas em alguma chapa e sua mãe, Kátia Abreu já é senadora da República eleita para mandato até 2022. A família Abreu chegou a ter três integrantes na política quando o também filho de Kátia, Iratã Abreu era vereador da capital Palmas.

Nas relações familiares políticas do Tocantins devem se repetir também a situação de pais e filhos disputando em outubro deste ano. O senador Vicentinho Alves vai disputar reeleição na Chapa de Carlos Amastha e seu filho, Vicentinho Junior também vai buscar reeleição a deputado federal. Politicamente eles se aproveitam da boa relação e tem a base política alinhada.

Outro pai e filho também estarão na disputa de outubro mas em outra situação: o vice-governador Wanderlei Barbosa que vai disputar o mesmo cargo e seu filho, vereador de Palmas, Léo Barbosa vai para a disputa de uma das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa.

Por falar em pai e filho,há também o caso do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (Democratas) que vai disputar reeleição para deputado estadual e do ex-governador Siqueira Campos que pretende disputar o Senado e que já um dos nomes mais cotados.

Outro caso: o prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas não vai disputar nenhuma vaga em outubro mas seu filho, Tiago Dimas é candidato a deputado federal pela primeira vez pelo SD.

Outra dupla de pai e filho que deverá ter candidaturas este ano é a do César Simoni que pretende disputar o governo pelo PSL e o do Augusto Simoni que pode disputar uma das vagas a federal.Eles já divulgaram até material de pré-campanha onde aparecem juntos.

Além dos pais e filhos há ainda casais bem sucedidos politicamente no Estado. O maior exemplo que vai disputar as eleições deste ano é Lázaro Botelho e Valderez Castelo Branco. Ele, vai em busca do quarto mandato de deputado federal e ela, do segundo de deputada estadual.

Outra possibilidade de casal seria a deputada federal Dulce Miranda e o ex-governador Marcelo Miranda. Ela vai à reeleição para deputada federal este ano e em 2014 foi a mais votada da bancada eleita pelo Estado. Miranda está fora do meio politico desde a cassação em abril deste ano, mas aliados insistem em sustentar o nome dele numa suposta candidatura ao Governo mesmo em meio ás restrições jurídicas.

Outro casal é a deputada estadual Solange Duailibe e seu esposo, Raul Filho que iria disputar o Senado, mas desistiu esta semana por desavenças partidárias. Ele não informou ainda se pode disputar uma das oito vagas na Câmara Federal ou se fica de fora agora e volta a disputar as eleições municipais de 2020. Solange, agora que conseguiu assumir na AL, é candidata nata á reeleição.

Com apoio total do marido, o ex-deputado Marcelo Lelis, a ex-vice-governadora Claudia Lelis do PV vai também se candidatar a deputada estadual em outubro. O casal conduz o PV no Estado.

A Política em família no Tocantins é um traço marcante na história do Estado.