Em entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado, o ex-governador Mauro Carlesse (Agir) confirmou sua pré-candidatura ao governo do Tocantins e fez críticas à recente aliança política entre o vice-governador Laurez Moreira (PDT), e o senador Irajá (PSD). Para Carlesse, a movimentação teria sido motivada unicamente pelo “interesse em chegar ao poder”.
“Eu acho que, nesse momento, as pessoas estão tentando organizar suas eleições, suas candidaturas, e no entendimento deles acham que isso é bom. Mas eu penso que as pessoas precisam ter identidade própria, olhar o passado, de que lado estiveram, o que construíram, para não mudar simplesmente com o objetivo de manter ou conquistar um mandato futuro”, declarou.
Questionado se acredita que a união entre Irajá e Laurez foi baseada apenas nesse interesse, Carlesse foi direto: “Com certeza, com certeza. Eu conheço o Laurez de Gurupi, sei do trabalho que ele fez como prefeito, da linha que seguiu junto aos empresários e produtores. Mas hoje vejo que isso começa a mudar. Cada um sabe de suas escolhas, mas é evidente que há interesses por trás dessas movimentações”.
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Sobre sua própria trajetória, Carlesse reafirmou que permanece no Agir, mas admitiu estar em diálogo com outras legendas. “Estou no Agir, continuo no Agir, mas estou vendo dois ou três partidos. Ainda não posso revelar quais, mas, assim que tiver definição, você será um dos primeiros a saber”, afirmou.
O ex-governador também adiantou que em breve iniciará visitas aos municípios tocantinenses para apresentar seu projeto de governo. “Com certeza, em breve estarei nos municípios. Já estamos montando uma equipe e preparando um projeto para o futuro desse estado. Sou municipalista e quero que os municípios estejam mais fortes, mais tranquilos e com muito mais atenção do governo”, destacou.
Carlesse, que já comandou o Palácio Araguaia entre 2018 e 2021, se reposiciona no cenário político estadual defendendo o fortalecimento dos municípios e a coerência política. “A pessoa tem que seguir aquilo que sempre plantou, manter uma linha. Hoje, infelizmente, vemos muita gente mudando apenas pelo interesse em chegar ao poder”, concluiu.
