À Gazeta, Luxemburgo fala sobre 2026, relações políticas e diz sobre pretensão para eleições: “vai ser decidido a quatro mãos”

O empresário e técnico de futebol, Vanderlei Luxemburgo conversou com a Gazeta sobre o cenário para as eleições 2026 no Tocantins.

A decisão de investir no TO

“A minha decisão de morar e investir no Tocantins é por diversos motivos. Entre eles, está a qualidade de vida que o nosso estado oferece. Eu ando tranquilo no estado, vou pra tudo quanto é canto, não tenho segurança, não tenho nenhum problema. O pessoal já quer tirar uma foto… dura 10 segundos, uma negativa, a vida toda. Então já carrego isso comigo. Desde que vim pra cá — tem mais ou menos 22 anos, vim há 24 anos — sempre fui muito querido, acolhido, né? Muito bem recebido, né? E uma das paixões que me trouxeram para o estado foi quando vim com o Leonardo pescar no Araguaia. Eu adoro pescar”, disse ao falar de sua chegada ao Estado.

Ilha do Bananal

Uma das atividades que ele mais gosta no Estado, além de incentivo ao esporte, é pescar. “Inclusive, amanhã estou indo para uma pesca esportiva lá na Ilha do Bananal, onde já fui algumas outras vezes pescar”, pontuou.

E a política?

Luxemburgo ensaiou uma candidatura ao Senado em 2022, mas não deu certo.

“Sobre a política, é algo que eu sempre gostei, desde a época da universidade. Movimento estudantil, ditadura… então, sempre militei muito. Aí no Tocantins também, sempre participando do processo político junto ao meu grupo, sempre pensando também, individualmente, num estado melhor. Inclusive, no processo da campanha do Eduardo para Palmas, eu me engajei logo no início, porque entendi que ele era o melhor para Palmas — o Eduardo Siqueira Campos, né? Então, já em fevereiro fui junto com ele, apoiando, contra tudo e contra todos que estavam no palanque — todos os governantes, deputados federais, estaduais e senadores. Mas são adversários momentâneos, não inimigos eternos, né? Isso é algo que eu carrego comigo”, comentou.

Luxemburgo vê uma antecipação desenfreada sobre 2026. “Acredito que o pessoal está antecipando muito o processo político de 2026. Respeito a opinião de cada um, mas ainda tem entrega que os eleitos precisam fazer até o término do mandato que o povo deu. Eles foram eleitos até 2026. E não é só entrega de emendas — hoje o Brasil é só emendas. Não é só uma questão do Tocantins, são projetos para os municípios, para o estado. Então acho que os deputados que estão aí têm um compromisso com o Tocantins de entregar mais alguma coisa até 2026. Acho que isso está meio antecipado demais”, avaliou.

O empresário disse se sentir acolhido pelo Tocantins, citou que recebeu o título de cidadão palmense e Tocantinense e ponderou: Os políticos me deram o título de cidadão palmense e tocantinense, foi muito legal esse reconhecimento. Mas eu sinto mesmo isso quando ando pelo Estado, com a Rota Tocantins, quando viajei pelos municípios. E vou fazer de novo a Rota Tocantins 2, estar junto do povo, da população. Eu sinto que sou muito querido dentro do Estado, as pessoas gostam muito de mim. Isso, pra mim, é gratificante”, comentou.

“Então eu me sinto muito confortável. Além de estar com a população, o Eduardo Siqueira Campos é meu amigo desde sempre, né? O xará Wanderlei, quando foi vereador. Laurez, Ronaldo Dimas — que foi prefeito de Araguaína, quando o conheci — a Josi, o Ronivon, o Celsinho, a Dorinha, o Amélio Cayres, o Wagner, o Jorge Frederico, que me apoiou lá em Araguaína… Enfim, tantos outros amigos e pessoas da política. Graças a Deus, sou muito querido por todos aqui no Tocantins”, reafirmou.

A escolha é do Podemos

Luxemburgo ainda não decidiu que cargo disputará em 2026.

“Eu pertenço a um grupo do Podemos que tem a liderança do Eduardo Siqueira Campos, eu como vice-presidente do Podemos no Estado, o Tiago Dimas, o presidente estadual, e o Eduardo Siqueira Campos, filiado ao Podemos, que é o prefeito de Palmas. E tem a querida Renata Abreu, que é a presidente nacional do partido, isso vai ser decidido a quatro mãos, o que que vai ser feito na política do Tocantins, a quatro mãos, quando tiver que ser tomada a decisão. Então, acho que a gente tem que ter um pouco de calma nessa decisão e não antecipar. Mas eu me coloco sempre à disposição do Estado Tocantins, porque eu amo o Estado Tocantins pra viver e moro aqui há bastante tempo”, disse.