
A co-vereadora de Palmas Thamires Lima, integrante do Coletivo Somos (PT), confirmou à Gazeta do Cerrado nesta quarta-feira, 23, que o grupo já avalia possibilidades para a disputa eleitoral de 2026. Embora o foco principal, segundo ela, esteja no mandato municipal em curso, o coletivo reconhece a importância de ampliar sua atuação política e institucional.
“Estamos focados no nosso mandato municipal, mas sabemos da importância da disputa em 2026. Precisamos fortalecer nosso partido e temos a responsabilidade de representar pautas que até então não tinham voz na Câmara, como a população LGBT e negra, com suas manifestações culturais, religiosas e históricas”, afirmou.
Primeira parlamentar LGBT eleita para a Câmara de Palmas, Thamires pontua que a conquista trouxe grandes desafios. “Isso traz responsabilidades para nossa comunidade. Pautar vivências como as da capoeira, das batalhas de rima, e fortalecer os movimentos sociais é um dos nossos principais compromissos.”
Eleições 2026: indefinição entre Estadual ou Federal
Sobre a eleição de 2026, Thamires afirma que o grupo ainda não decidiu se lançará candidatura para deputado estadual ou federal. “Estamos de olho em 2026. Assim como fizemos para conquistar uma cadeira na Câmara, seguimos de portas abertas para quem quiser somar. Ainda não decidimos a vaga, porque isso passa pelo partido, pelos apoios e pela análise de cenário.”
A definição, segundo ela, deverá ocorrer após o Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda à qual o coletivo é filiado. “Depois das eleições internas do PT, teremos um norte mais claro. Vamos nos reunir para fazer essa análise e definir os rumos”, explicou.
Superando preconceitos e inspirando outros coletivos
Thamires também comentou sobre as barreiras enfrentadas por mandatos populares e a descrença de que poderiam vencer eleições. “Já ouvimos diversas vezes que o SOMOS jamais venceria porque somos da classe trabalhadora e não teríamos dinheiro para disputar. Mas somos a prova viva de que quando nos organizamos, vencemos. Isso vai inspirar outros mandatos coletivos a disputarem 2026, com certeza.”
Por fim, reforçou que o coletivo continuará pautando a política com base em vivências reais e organização popular. “De fato, não viemos de berço político, mas é por nossas vivências e organização que conseguimos avançar. Nosso projeto não é pessoal, é coletivo.”