O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão (PT), afirmou em entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado, nesta terça-feira, 29, que vê o Partido dos Trabalhadores fortalecido após os debates internos promovidos recentemente e defendeu o protagonismo da legenda no debate sobre o futuro do Tocantins.
“O partido sai vigorado sempre de um projeto desse de discussão interno e, obviamente, com projetos a discutir com a sociedade, tanto internamente com toda a militância, quanto cumprindo um papel de protagonismo, que é o de discutir o Estado com suas nuances e as preocupações da sociedade”, afirmou Mourão.
Na avaliação do ex-parlamentar, o partido passa a ter agora uma missão clara: ampliar o debate com a sociedade tocantinense. Ele destacou a escolha de Nile William, advogado e professor do Instituto Federal, como novo presidente estadual do PT, e disse acreditar que ele tem as condições necessárias para liderar esse processo.
“O professor Nile William é uma pessoa que tem todas as condições de agora promover um debate amplo no Estado, podendo contribuir mais com o desenvolvimento. Eu creio que é isso que o partido tem agora como missão, depois desse debate interno”, disse.
Candidatura em 2026?
Questionado sobre uma possível candidatura nas eleições de 2026, Paulo Mourão adotou cautela. Ele não confirmou pretensões eleitorais e reforçou que qualquer decisão passa, antes de tudo, pelas instâncias do partido.
“Olha, isso eu ainda não tenho uma discussão a nível de partido sobre isso. Você conhece bem o partido, ele tem focos de discussões internas, e eu creio que isso, com certeza, neste semestre que se inicia, deverá ser uma das pautas. Mas isso passa inexoravelmente pelo partido, o que são as pretensões e os objetivos como partido. Eu creio que esse é o momento para o início dessas discussões”, afirmou.
Notícias Relacionadas
Avaliação do cenário para 2026
Sobre o cenário político rumo às eleições de 2026, Mourão avaliou que ainda está muito aberto, mas fez uma crítica ao que chamou de “excesso de candidatos do governo”.
“O governo tem candidatos até demais. O número de candidatos do governo não suporta a chapa majoritária. Não cabe tanto candidato. O que precisa agora é a oposição ter posicionamento, discutir ideias e construir uma plataforma diferenciada”, defendeu.
Para ele, o atual modelo político e administrativo do Tocantins está esgotado e precisa ser superado.
“Não dá para continuar com um governo de 36 anos e um mesmo projeto, ou seja, sem promover desenvolvimento com inclusão social. As oposições precisam se organizar, precisam ter compromisso e responsabilidade de discutir um projeto alternativo. A sociedade deseja essa mudança”, concluiu.
