EXCLUSIVA GAZETA! Vicentinho Júnior dá largada oficial em busca de vaga no Senado, condena “chapa pura” e analisa: “Em 2026 não cabe candidatura de imposição”

Do Bonfim/ Maju Cotrim 

O deputado federal Vicentinho Júnior (PP) lança oficialmente, nesta sexta-feira, 15, em Natividade, sua pré-candidatura ao Senado Federal nas eleições de 2026. A decisão foi comunicada em entrevista à Gazeta do Cerrado, quando o parlamentar ressaltou a importância de manter proximidade com a população e de construir um projeto político amplo, que envolva diferentes partidos e lideranças do Estado.

Ele caminhou na noite desta quinta-feira, 14, ao lado da primeira dama de Palmas, Polyana Siqueira Campos e outros aliados rumo ao Bonfim após completar 25 anos dessa jornada anualmente. Vicentinho recebe prefeitos aliados além do gestor de capital, Eduardo Siqueira Campos.

Segundo Vicentinho, o lançamento no município tem um significado especial. Ele lembrou que o ex-governador Siqueira Campos, em 1988, também iniciou sua primeira campanha em uma cidade pequena, e destacou que não buscou uma capital ou grande centro para anunciar sua decisão.

“Eu não podia achar um momento e um local mais oportuno. Sou convicto de que 2026 será o maior desafio da minha vida pública e o maior debate a ser travado. Quero ser transparente com a população e com minha base, sem brincadeiras: a partir de amanhã (a entrevista foi concedida na quinta), oficialmente, estou pré-candidato ao Senado Federal”, afirmou.

O parlamentar criticou a ideia de “político de quatro em quatro anos”, que aparece apenas em períodos eleitorais. Disse que, ao longo dos 25 anos de trajetória política, sempre esteve presente em eventos culturais, religiosos e ações de entrega de obras e benefícios.

“Eu não preciso inventar personagem para televisão. Eu faço normalmente minha rotina de trabalho e isso me permite hoje discutir uma pré-candidatura”, declarou.

Críticas à “chapa pura”

Vicentinho defendeu que a federação formada pelo União Brasil e PP, da qual faz parte, não limite o projeto político apenas aos dois partidos. Ele se posicionou contra a formação de “chapas puras” — quando todos os candidatos de uma aliança pertencem ao mesmo grupo partidário.

“Chapa pura é o que sobra. O projeto que o Tocantins exige precisa de mais partidos, mais mandatários e mais ideias. Não quero impor minha candidatura a ninguém, mas também não vou aceitar que me imponham algo que inviabilize um projeto coletivo”, disse.

O deputado citou que, caso pesquisas indiquem que outro nome da federação esteja melhor posicionado, como o deputado Carlos Gaguim, ele estaria disposto a abrir mão da candidatura. No entanto, cobrou reciprocidade.

“Se o Gaguim estiver melhor do que eu, reconheço e apoio. Mas espero o mesmo compromisso dele. Vaidade não pode estar à frente de um projeto maior do que todos nós”, afirmou.

Vicentinho também declarou que sua posição política em 2026 estará alinhada à do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), e defendeu a inclusão do partido na discussão. “Onde o Eduardo estiver, eu estarei. Não vou aceitar que o Podemos, que tem lideranças importantes como o deputado Thiago Dimas, fique de fora dessa construção”, frisou.

Além do Podemos, o parlamentar defendeu a participação de outras siglas, como o PL e o Republicanos, lembrando que em 2022 o grupo conseguiu articular uma campanha ampla e vitoriosa. “A federação é grande, mas não suficiente para discutir um Estado do tamanho do Tocantins sozinha. Precisamos compor com mais partidos e lideranças”, concluiu.

Ele chegou a dizer: “Em 2026 não cabe candidatura de imposição”, pontuou.