IMPEACHMENT: AL em clima de tensão política e votação de admissibilidade em plenário divide opiniões: “ele não pode delegar isso a ninguém”, diz Ayres

Da AL – Maju Cotrim

No aguardo para o presidente Antônio Andrade aceitar oficialmente o pedido de impeachment o clima na Assembleia Legislativa é de tensão. Deputados pelos corredores, com conversas em plenário, na sala vip.

A preocupação dos parlamentares e que a abertura do processo ocorra de forma correta.

Andrade vai aceitar o pedido apresentado pelo advogado Evandro de Araújo de Melo Júnior na sexta-feira (3).

Antônio Andrade disse que o primeiro ato do processo será colocar a admissibilidade em votação no plenário, ação que gera dúvida entre os parlamentares. O pedido só teria andamento se os demais parlamentares concordarem porém até rito não faz parte do impeachment e deputados revelaram á Gazeta que vão sugerir que o presidente não coloque em votação já que a admissibilidade é prerrogativa só dele.

“A Admissibilidade é ele e ele não pode delegar isso a ninguém”, explicou Ricardo Ayres, que é advogado, em entrevista á Gazeta.

Normalmente, em casos de impeachment o governador aguardaria uma votação em plenário sobre o mérito das acusações ainda no cargo e seria nesta ocasião que se definiria o afastamento. Isso não se aplica nesta situação porque Carlesse já está afastado do comando do Poder Executivo temporariamente por uma decisão judicial.

O presidente da AL informou ainda que vai iniciar uma mobilização para votar projetos que estão aguardando na fila e limpar a pauta antes da tramitação do impeachment. Ele citou a lei orçamentária e também projetos relacionados ao Tribunal de Justiça como exemplos. Antônio Andrade previu que este processo deve estar concluído até o dia 18 de dezembro. Ele não descartou convocar sessões extraordinárias durante o recesso parlamentar para tratar do impeachment.

Carlesse está sendo investigado pela Polícia Federal em duas operações e por isso os ministros do Superior Tribunal de Justiça determinaram um afastamento de seis meses que começou em 20 de outubro. O prazo termina, portanto, em abril de 2022.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Trocando em Miúdos

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

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