
O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE) rejeitou a prestação de contas consolidada da Prefeitura de Lajeado, referente ao exercício de 2020 e sob responsabilidade do prefeito, Júnior Bandeira (MDB).
O parecer da Primeira Câmara da Corte foi publicado no Boletim Eletrônico oficial do TCE de 22 de abril. No documento, a rejeição das contas é justificada, segundo o TCE, por déficit de execução orçamentário consolidado no valor de R$ 697.857,28, que acrescida das despesas de exercícios anteriores somou R$1.696.965,18, resultando em restrição de Ordem Legal Gravíssima.
Além disto, o parecer ainda destaca um déficit financeiro ajustado nas fontes de recursos: 010 5010- Próprios de R$1.996.564,23, 020-MDE de R$307.958,96; 030-FUNDEB de R$393.442,64 e 040-ASPS de R$492.731,11, que representou, respectivamente 14,96%, 6,40%,10,28% e 13,20% da receita vinculada as respectivas fontes de recursos, em descumprimento ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Súmula TCE/TO nº 08.
O relatório ainda traz uma série de recomendações que devem ser adotadas pela Prefeitura de Lajeado a respeito das inconsistências que culminaram na rejeição das contas apresentadas por Júnior Bandeira. Nossa redação abre espaço para que o prefeito de Lajeado possa se manifestar.
O que diz o prefeito
À Gazeta, Junior Bandeira disse que o que é possível esclarecer nesse momento é que essa decisão será objeto de reexame. “Porque embora sendo esse o entendimento da Conselheira Doris, que foi acompanhada num voto divergente que foi acompanhada pelo Conselheiro Manuel Pires, o voto do relator, do Conselheiro Alberto Sevilla, os pareceres técnicos das câmaras técnicas do Tribunal de Contas, o parecer do Ministério Público de Contas, são todos no sentido de aprovação, exatamente porque não reconheceram a existência de qualquer déficit orçamentário que não. Nós acreditamos que, na medida de reexame, o Pleno do Tribunal de Contas certamente vai reparar o erro no nosso entendimento, o devido respeito ocorrido na decisão, nessa primeira instância do Tribunal de Contas. O município vai recorrer e nós acreditamos que, em reexame, o parecer da Câmara Técnica, de todo o corpo técnico do Tribunal de Contas, acompanhado do parecer do Ministério Poucos de Contas e dos argumentos que foram também trazidos pelo voto do relator, eles serão prevalecidos e acreditamos que essa decisão será reformada, assim, acompanhando todos os outros. Outro julgamento de contas de quatro mandatos prefeitos, porque eu nunca tive conta rejeitada”, disse.
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!