
Por Maju Cotrim
O Tocantins vive um momento político delicado e de grandes expectativas. A mudança provisória no comando do governo estadual, com Laurez Moreira à frente, impõe à classe política um desafio urgente: resgatar o diálogo, reconstruir pontes e recuperar a empatia com o cidadão comum. Em meio à instabilidade e à indefinição que marcam o cenário atual, a apatia se torna o maior inimigo do desenvolvimento político e social.
O desafio do diálogo real
Laurez, agora no exercício do governo, carrega consigo a missão de não se isolar. Fazer política, especialmente em tempos de transição, é um ato de escuta. Governar exige diálogo permanente com diversos setores — empresariado, movimentos sociais, servidores públicos, prefeitos e comunidades do interior. A força de um governo não está apenas em sua estrutura administrativa, mas na capacidade de compreender e dar respostas às vozes que ecoam das ruas e das regiões mais distantes do Estado.
Criar uma bolha e governar de dentro para fora seria repetir erros que já custaram caro ao Tocantins. O Estado precisa, agora, de uma gestão aberta, que acolha críticas construtivas e reconheça o valor de quem quer contribuir.
O papel dos grupos políticos e pré-candidatos
A apatia política é reflexo da distância entre representantes e representados. Em um Estado com histórico de alternância e rupturas, o eleitorado tocantinense quer coerência, empatia e presença real. Todos os grupos políticos — governo, oposição, lideranças regionais e pré-candidatos — precisam entender que a política que se faz hoje vai definir o Tocantins dos próximos anos.
Não há mais espaço para discursos vazios, nem para promessas sem propósito. O eleitor está mais atento e quer ver compromisso com resultados, transparência e responsabilidade social.
Um chamado ao amadurecimento institucional
A conjuntura exige mais que alianças momentâneas: requer maturidade. O Tocantins precisa de líderes capazes de enxergar além de suas zonas de conforto e de suas siglas partidárias. O amadurecimento político e institucional passa por reconhecer que as divergências são naturais, mas que o diálogo deve prevalecer sobre o confronto.
Respeitar a crítica é sinal de força, não de fragilidade. O futuro do Estado depende de uma construção coletiva — com empatia, planejamento e disposição para enfrentar os problemas reais que afetam a população: saúde, educação, infraestrutura, segurança e emprego.
O Tocantins que precisa emergir
Neste momento, o Tocantins clama por uma nova postura política — menos centrada em cargos e mais comprometida com causas. A política não combina com apatia porque o desinteresse abre espaço para o retrocesso. A reconstrução do Estado passa, antes de tudo, por uma mudança de atitude: governar ouvindo, planejar com participação e agir com responsabilidade.
O que está em jogo é o presente e o futuro dos tocantinenses — e esse futuro só será possível quando a empatia voltar a ser o centro da política.
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!