
O Tocantins vive expectativa políticas nos seus grupos após o “tsunami” da segunda fase da Operação FAMES que aconteceu na semana passada, que afastou por 180 dias o governador Wanderlei Barbosa.
O vice, que estava rompido do governo, Laurez Moreira, assumiu e tomou a decisão de exonerar todo o 1º escalão, seguindo recomendação do ministro Mauro Campbell. Maioria das pastas ainda está sem titulares e o processo de escolha envolve a tentativa de alianças políticas para sustentação da gestão interina de Laurez.
A semana será de anúncios da equipe, de observação à postura política dos deputados e de análise de cada passo e interlocução de Laurez.
Kátia no Palácio

O que movimentou a chegada de Laurez ao Palácio foi a visita da ex-senadora Kátia Abreu, menos de 24h após ele dizer em coletiva de imprensa que há tempos não a via pessoalmente nem estava tendo contato constante com ela. A aproximação dos dois levantou vários comentários de participação de indicações da senadora no governo. Qual é a participação da ex-senadora na nova gestão?
Visita a Amélio

Laurez fez sua primeira visita institucional à Assembleia Legislativa, recebida pelo presidente republicano Amelio Cayres. A conversa foi institucional, sem assuntos políticos. Laurez irá aos outros poderes também.
Palácio movimentado
Aliados e possíveis futuros aliados lotam os corredores do Palácio em busca de espaço e oportunidades. Laurez honrou os aliados que estavam caminhando com ele pelo Estado, como Buti, Jairo Mariano, Raul Filho, que ainda ano foi oficialmente nomeado, e outros. Mas agora precisa de uma frente técnica para áreas específicas.
Critérios para o 1º escalão
Com o governo até agora regido em maioria pelos secretários executivos, a grande expectativa é para saber quais os “dnas políticos” Laurez vai inserir em algumas pautas e quais serão os currículos dos nomeados, principalmente para as principais pastas como a Educação. A prova de fogo de Laurez é essa oportunidade de realmente mostrar a capacidade administrativa de que tanto fala neste momento de crise e seu traquejo político agora a nível estadual. Suas posições, falas e comportamentos são observados com atenção e a transparência e clareza são indispensáveis.
Irajá

O senador Irajá está muito confortável com Laurez no governo e passa a ser uma das figuras centrais políticas da gestão. No desfile de sete de setembro, esteve ao lado de Laurez no carro acenando para a população. De opositor ferrenho a principal membro político da gestão interina.
Os Wanderlistas
Os apoiadores e aliados de Wanderlei seguem nas expectativas, fazem vídeos de apoio e alimentam as expectativas de que o recurso dele seja aceito e que ele retorne ao comando do Estado. Ele e Karynne Sotero continuam recebendo mensagens e apoio dos mais próximos enquanto ele se dedica a acompanhar o caso em Brasília lutando para voltar ao mandato.
O clima na Assembleia e o pedido de impeachment de Amastha
Esta semana acontecerão as primeiras sessões após o afastamento de Wanderlei, que sempre teve ampla maioria na Casa. Há expectativa sobre o que dirão os deputados, como vão se posicionar e principalmente se haverá alguma chance de pautarem o pedido de impeachment protocolado por Carlos Amastha. Nos bastidores, até o momento, não há disposição nenhuma de pautar o assunto em meio às investigações em curso.
Cautela e caldo de galinha
Relembrando o saudoso ex-senador João Ribeiro, um político tocantinense lembrou de uma de suas frases marcantes na política: “cautela e caldo de galinha” não fazem mal a ninguém para definir o atual momento. A ânsia de quem chegou, a agonia de quem busca voltar, a ansiedade dos servidores que temem a instabilidade administrativa nas pastas, as posições políticas e tudo mais não podem perder de rumo o principal: os rumos do Tocantins e a situação do povo tocantinense que acompanha com atenção mais um momento de instabilidade.
Bancada vai se reunir
Como a senadora e coordenadora da bancada, Professora Dorinha, disse em exclusiva à Gazeta, os integrantes pretendem se reunir. A bancada é responsável por muitos investimentos e recursos destinados ao Estado, além do peso político nas grandes pautas em Brasília.
Narrativas
Com tanta coisa acontecendo, o momento também tem sido de narrativas e cada uma monta e espalha a sua politicamente falando. Quem chegou fala em transparência e passar o Estado a limpo, quem saiu fala em perseguição política, cada aliado adota suas posturas neste momento e assim seguimos acompanhando o novo cenário com suas possibilidades. Alguns políticos estaduais ainda não se manifestaram e estão observando os movimentos.
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!
Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!