A prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios para o corpo e para a mente. É o que atesta um estudo realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts (MGH), comprovando que os esportes ajudam no combate à depressão. Outras pesquisas na área já tinham analisado o assunto, porém não se sabia ao certo se os exercícios tinham efeito sobre a doença ou se aqueles que sofrem com depressão passavam a se exercitar menos.
A pesquisa foi feita com o intuito de combater e prevenir essa adversidade que já te tornou o mal do século. “Em média, fazer mais atividades físicas parece proteger contra o desenvolvimento da depressão”, afirma Karmal Choi, psiquiatra e autor do estudo, ao Daily Mail.
E aqueles que afirmam não ter tempo para exercícios já podem parar de usar essa desculpa, uma vez que elevar os batimentos cardíacos de 15 minutos a uma hora já é o suficiente.
Baseando-se em informações genéticas, os especialistas do MGH notaram que depressão e a prática de atividade física são afetadas pelos nossos genes, sendo que algumas pessoas têm maior tendência de gostarem de se exercitar, enquanto outros são predispostos a desenvolver depressão. Dessa forma, foi investigado se aqueles que sofriam com a enfermidade eram menos ativos.
Para que as análises fossem realizadas, um banco de informações do Reino Unido, o UK Biobank, e uma empresa de pesquisas foram recrutados. Eles compararam dados genéticos daqueles que diziam praticar esportes e daqueles que usavam ferramentas para monitorar a qualidade dos exercícios físicos, com um grupo de indivíduos que já tinha sido diagnosticado com depressão.
Embora não haja ligações entre os que afirmam fazer exercícios com a redução das taxas de depressão, aqueles que utilizavam aparelhos para medir a qualidade dos exercícios tinham menos sintomas da doença. Além disso, os genes daqueles que já sofreram com a adversidade eram predispostos a ela e tinham menor afinidade com esportes.
Isso se dá porque os que controlam a prática por si só podem, muitas vezes, não ter memórias precisas sobre como se exercitam, não contando os movimentos coditianos, como subir escadas. Já os rastreadores fitness medem o nível de exercício 24 horas por dia.
Agora, de acordo com Choi, o desafio é encorajar às pessoas a realizarem atividades físicas para reduzir as incidências e sintomas da depressão. “Atualmente, estamos analisando se e quanta atividade física pode beneficiar diferentes grupos de risco, como pessoas geneticamente vulneráveis à depressão ou que passam por situações de estresse, e espera-se desenvolver um melhor entendimento das atividades para promover a resiliência à depressão”.