“O Esporte é uma das áreas mais baratas que a prefeitura tem para investir. Enquanto a prefeitura tem coragem de gastar três, quatro, sete milhões em carnaval, temos uma Secretaria de Esportes que passa anos sem orçamento. É assim que você comunica para a população o que você mais defende e prioriza pra Gurupi. Tá certo que o carnaval é tradição, mas o nosso esporte também é tradição. A prefeitura precisa saber fomentar as duas coisas”. Essa foi uma das falas do pré-candidato a prefeito de Gurupi, Cristiano Pisoni (PSDB), ao participar do quadro “Conversa Política”, no podcast “Vai de Boa”, que foi ao ar nesta terça (21) pelo YouTube.
Pisoni é conhecido por sua ligação com um dos tradicionais times da cidade, o Esporte Clube Castelo, e defende a importância do Esporte como ferramenta essencial da educação. “O esporte ensina. Acredito que ele é uma base essencial na educação das crianças. Quando você junta esporte, educação e inclusão social, você tira muita gente da rua. Quem pratica qualquer modalidade esportiva tem desejo de estar em comunidade, é inserido na comunidade”, disse ele. No podcast, o pré-candidato fez críticas à atual gestão e deu exemplos da falta de incentivo ao esporte, além de ter apresentado soluções e propostas para a pasta.
Uma das críticas de Cristiano foi à falta de quadras e campos para os times da cidade. “Nós só temos uma quadra oficial de futebol de salão e ela está abandonada, que é no espaço Poliesportivo da UnirG. O time de Futsal de Gurupi precisa ir até Formoso para jogar. Uma cidade do porte de Gurupi não tem uma quadra oficial e o time tem que jogar fora da cidade. E quando jogam em Gurupi, no ginásio que funciona, é fora das dimensões oficiais. O ex-prefeito Abdala, em todos os campos de terra que havia em Gurupi, fez arquibancadas, gramou, mas tirou eles das dimensões oficiais de um campo de futebol. Esses campos não tinham nem a dimensão de um Society, nem de um ‘campão de onze’, e estão todos abandonados”, lamentou.
Soluções e projetos
Ao falar em soluções, o pré-candidato disse querer resgatar todas as quadras e campos em desuso por meio de parcerias para a manutenção delas. “As quadras poliesportivas das escolas são a iniciação da criança no esporte, mas se tivermos os locais adequados, aqueles que se destacam vão poder subir de nível. Então, o que pode ser feito é trazer esses campos para as dimensões do society e procurar convênios com escolinhas de futebol da cidade. As escolinhas terão o compromisso de manter os campos, poderão fazer os treinos, e precisam oferecer um tempo exclusivo para o público em geral”, sugeriu Pisoni.
Cristiano defendeu ainda que o esporte vá até a comunidade em espaços públicos e escolas. “Nós temos um curso de Educação Física em Gurupi. As nossas praças, os nossos colégios, poderiam contar com um educador físico nesses ambientes para ensinar o esporte às crianças e jovens. Você percebe que tem muita gente querendo participar de iniciativas assim, só falta fomentar”, declarou ele, além de apontar a necessidade de uma revitalização do espaço Poliesportivo da Universidade de Gurupi, por meio de uma parceria com a Instituição de Ensino.
“É preciso revitalizar esses campos abandonados, aproveitar melhor as praças da cidade, iluminar os campos que já estão em uso para que possam ser usados à noite. Nesses espaços é possível realizar diversos esportes além do futebol, como vôlei, peteca, modalidades de areia. Para os esportes de tatame, a prefeitura pode buscar parceria com as academias que já existem”, destacou o pré-candidato, que defende a ideia de democratizar o acesso a diferentes esportes à população de baixa renda.
Fazendo história
Cristiano diz apoiar e acompanhar de perto o trabalho do E. C. Castelo, time que compõe a sua história em Gurupi. “Hoje, temos um projeto em Gurupi, da Associação Esportiva do Castelo, que atende cerca de 380 crianças gratuitamente, não importando a classe social. O Esporte Clube Castelo de hoje é aquele mesmo time que surgiu antes mesmo do time de Gurupi. Nós revitalizamos ele e mudamos a proposta; então hoje, atendemos só a categoria de base, que é justamente a ideia do projeto social de captar esses jovens que estão jogando pela rua e colocar para treinarem no projeto. E as crianças saem de longe para ir treinar”, observou ele.