A decisão recente do Tribunal de Justiça que determinou o afastamento da liderança da Prefeitura de Caseara desencadeou uma série de revelações alarmantes relacionadas a movimentações financeiras suspeitas. Envolvendo a prefeita Ildislene Santana (DEM), seus familiares e servidores públicos, a operação Najas, conduzida pela Polícia Civil, resultou no afastamento da prefeita, do vice, secretários e servidores públicos.
A investigação centra-se em supostas irregularidades em contratos de aluguel de veículos celebrados entre 2017 e 2020 pela prefeitura com a empresa Majas Locadora. A quebra de sigilo bancário de José Antônio Gomes de Oliveira, representante da empresa investigada, revelou transferências de dinheiro para diversos envolvidos, incluindo a prefeita, familiares e servidores públicos.
As transferências suspeitas incluem valores significativos, como R$ 27.053,08 para o filho da prefeita, Paulo Henrique Silva Santana, e R$ 45.581,08 para Marco Antônio Bento da Costa, secretário de Educação, entre outras.
A advogada Stéfany Galli, representando a prefeita e outros envolvidos, aguarda acesso ao inquérito para se manifestar. A defesa do vice-prefeito, Francisco Neto, informou que ainda não teve acesso ao inquérito. O G1 tenta contato com a defesa dos demais citados.
A operação Najas, realizada em 5 de dezembro, resultou em 19 mandados de busca e apreensão, 14 ordens de afastamento de função pública e 20 medidas cautelares. O montante de fianças recolhidas totalizou R$ 1,64 milhão. A Polícia Civil investiga fraude em licitações, desvio de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros crimes contra a administração pública.
Notas dos Envolvidos:
- A defesa dos envolvidos, representada pela advogada Stéfany Galli, afirmou aguardar acesso ao inquérito para se manifestar.
- O advogado do vice-prefeito Francisco Neto disse que não teve acesso ao inquérito e que a defesa pretende recorrer do afastamento.
- As notas da prefeita Ildislene Santana, do vice-prefeito Francisco Neto, do presidente da Câmara Cleber Pinto, e da Prefeitura de Caseara enfatizam a falta de acesso aos autos do inquérito, a intenção de esclarecer os fatos e a ausência de prisões decorrentes da investigação.