Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

A polêmica mudança do nome de uma de um Centro Municipal de Educação Infantil de Palmas (Cmei), na quadra 106 Sul, em Palmas, está causando nas redes sociais. O vereador do Partido Socialista Cristão (PSC), Felipe Martins, enviou para a Prefeitura da capital, um Projeto de Lei que altera o nome do Cmei Arco-Íris para Romilda Budke Guarda, que segundo o parlamentar é uma das primeiras moradoras da quadra.

O motivo da mudança, se deu porque o vereador afirma que o símbolo do arco-íris promove o que ele chamou de “homossexualismo”.

Desta vez, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, discutiu com um usuário do twitter. O internauta perguntou a prefeita. “você não tem vergonha de sancionar um absurdo desses? vergonha!”.

(Reprodução/Twitter)

Rebatendo, a prefeita respondeu: “Vergonha eu tenho de um cidadão com você, atacando de graça o chefe do executivo. O PL é do vereador e foi aprovado pela Câmara em suas comissões e plenário. Sinceramente? O nome é o de menos, importante é o CMEI funcione e atenda as necessidades dos cidadãos, simples assim”, disse Cinthia.

(Reprodução/Twitter)

O internauta responde: “Se o chefe do executivo é incumbido de sancionar as leis aprovadas pela câmara, ele deve julgar o conteúdo do que está aprovando. Ou você aprova tudo o que a câmara passa? Ao aprovar você se torna responsável pelo o que está aprovando. E sim, dá vergonha”.

E complementa: “Você sancionou uma pauta que claramente fere os direitos humanos, vide nota de repúdio da OAB. Quero acreditar que você só assinou sem ler, pois, sinceramente não sei o que é mais ultrajante. Espero que a comunidade palmense não deixe isso barato”, pontua o usuário da rede social.

(Reprodução/Twitter)

A prefeita rebate: “Tanta coisa para se preocupar, uma cidade inteira para se administrar e você está aqui perdendo tempo com escolha do nome de um CMEI? OU procurando “culpados” como se alguém tivesse cometido um crime?”.

(Reprodução/Twitter)

O internauta logo se manifestou. “O nome não importava até tentarem mudá-lo por motivações puramente homofóbicas. O nome da creche acabou sendo ressignificado. E sim, um está sendo cometido e as medidas judiciais cabíveis estão sendo analisadas”, destacou.

“Te garanto que aqui homofobia é condenada e os direitos de cada cidadão sempre foram respeitados. Nunca foi temática defendida ou condenada pela gestão, respeitamos o cidadão e suas escolhas. Trabalhamos para todos e sem rótulos, mas exigimos respeito nas relações institucionais”, respondeu Cinthia.

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