O novo prefeito de Paranã, Fabrício Viana (PMDB), decretou situação de emergência financeira e administrativa por 90 dias na cidade. Isso significa que os contratos para serviços essenciais podem ser feitos sem licitações nesse período e que as despesas da prefeitura, exceto os pagamentos dos funcionários e os programas sociais, ficam suspensas. Paranã tem pouco mais de dez mil habitantes e fica no sudeste do Tocantins.

Viana alegou que a prefeitura vive um “descontrole administrativo” em função da falta de informações sobre a contabilidade, que não teriam sido repassadas durante a transição. Ele disse ainda que a falta de pagamentos aos servidores nos últimos meses da gestão anterior, e a pagamento de alguns com cheques, dificulta ainda mais a situação.

No decreto, o novo prefeito lembrou a falta de contratos para a Secretaria de Educação. Ainda não se sabe como será o fornecimento de merenda escolar e o transporte dos alunos da zona rural da cidade quando as aulas começarem. Isso está programado para acontecer no dia 23 de janeiro.

O ex-prefeito da cidade é Edson Nunes Lustosa (PR). Ele deixou o governo de Paranã no dia 1º de janeiro após perder as últimas eleições.

O decreto de emergência já está em vigor e já foi publicado no Diário Oficial do Estado. A Prefeitura de Paranã não é a única que enfrenta dificuldades com os pagamentos e as contas após a transição. A Associação Tocantinense de Municípios (ATM) informou que alguns gestores estão sem acesso as contas públicas porque não conseguiram a liberação das senhas. Em algumas as prefeituras tiveram que suspender atendimento para tentar resolver o problema.