Quadrilha teria comprado casas de alto padrão – Foto – Polícia Federal/Divulgação

Um dos suspeitos presos pela Polícia Federal durante a operação Scelerum Fructus, nesta quinta-feira (15), era estudante dos cursos de ciências da computação e sistemas de informação na época dos crimes. A polícia descobriu que David Xavier Brito teria trabalhado com outros hackers para desenvolver programas e sistemas para fraudes eletrônicas.

David estudava ciências da computação na Universidade Federal do Tocantins (UFT) e sistemas da informação no Centro Universitário Luterano de Palmas.

“O investigado possui grande conhecimento na área de informática, o qual seria utilizado no desenvolvimento de diversos programas e sistemas cujo propósito era o cometimento de fraudes eletrônicas e a invasão de dispositivos eletrônicos e de informática para a obtenção de dados e informações privadas”, diz trecho da decisão que autorizou a prisão.

A Gazeta do Cerrado tenta contato com o advogado David Brito Ribeiro para que possamos ouvir a defesa do investigado.

Operação

A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão, buscas e apreensão nesta quinta-feira, 15, em Palmas, contra investigados por fraudes no Auxílio Emergencial.

Além do TO, a PF cumpriu mandados também na Bahia,  Goiás, Rio Grande do Norte e Bahia. Segundo apurou a investigação, o líder do esquema que teria desvia aproximadamente R$ 1 milhão, seria um estudante de ciências da computação.

Um Porsche foi apreendido pela PF – Foto – Polícia Federal/Divulgação

Conforme a PF, as cidades com as 05 prisões efetivamente cumpridas são: Palmas/TO, Atibaia/SP, Tatui/SP, Areia Branca/RN e Vitória da Conquista/BA

Foto – Polícia Federal/Divulgação

Além dos cinco mandados de prisões, a Justiça Federal através da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Palmas ordenou também o bloqueio e sequestro de bens dos envolvidos.

Veja mais detalhes da operação

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (15/12/2022) a “Operação Scelerum Fructus” com objetivo de desarticular organização criminosa especializada na prática de crimes de estelionato e furto mediante fraude pela internet.

Aproximadamente 46 Policiais Federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão, 5 mandados de prisão preventiva e 8 mandados de sequestro de bens expedidos pela justiça 4a Vara Federal de Palmas-TO, nos municípios de Palmas/TO, Atibaia/SP, Tatuí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Vitória da Conquista/BA, Areai Branca/RN, Goiânia/GO e Pelotas/RS.

Foto – Polícia Federal/Divulgação

As investigações revelaram que os envolvidos atuam desde 2018 praticando furtos de valores em contas bancárias, compras na internet com cartões de terceiros, furtos de valores de auxílio emergencial, vendas de produtos inexistentes em sites clonados, bem como apropriação de valores indevidos de FGTS. Com os recursos oriundo dos crimes a organização criminosa chegou a comprar imóveis de alto padrão, caminhões, mais de R$ 800.000,00 em criptomoedas, além de viagens para Dubai e Cancun.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes associação criminosa ou organização criminosa, furto mediante fraude, estelionato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a mais de 20 anos de reclusão.

O nome da operação significa “frutos do crime” em latim, visto que a Operação tem como um dos objetivos tirar dos autores os frutos de seus crimes.

Fontes –  G1 Tocantins, TV Anhanguera e Polícia Federal