Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do investigado de 25 anos. Ele supostamente fez desvios financeiros entre novembro de 2023 e setembro de 2024.

 


Materiais apreendidos em Paraíso do Tocantins — Foto: Divulgação/Polícia Civil

 

Policiais realizaram buscas na residência de um homem de 25 anos, suspeito de desviar cerca de R$ 300 mil de uma indústria de cosméticos localizada em Paraíso do Tocantins, na parte central do estado. Ele era motorista, além de realizar entregas e receber pagamentos. A hipótese é que ele trocou a máquina de cartão da empresa por um equipamento pessoal, onde recebia o dinheiro dos clientes.

 

O caso está sendo investigado pela 62ª Delegacia de Paraíso. Na manhã de terça-feira (22), a equipe apreendeu os itens no valor de R$ 10 mil que teriam sido comprados com o dinheiro desviado da empresa, além de itens que vão auxiliar a investigação.

 

O nome do homem não foi divulgado.

 

Segundo o delegado Bruno Baeza, o motorista da empresa e fazia entregas na região do Vale do Araguaia. Ele também tinha a atribuição de receber os pagamentos de clientes e revendedores através de uma máquina de cartão de crédito.

 

No entanto, em vez de utilizar o equipamento da empresa, o suspeito utilizava outro dispositivo que redirecionava o pagamento para a sua conta pessoal.

 

Entre novembro de 2023 e setembro de 2024 o suspeito teria feito 305 operações fraudulentas, gerando o prejuízo de cerca de R$ 300 mil à empresa.

Os desvios só foram descobertos depois de quase um ano, pois ele anexava comprovantes falsos ao retornar das viagens. Ao perceber o rombo nas contas, os proprietários da empresa procuraram a Polícia Civil.

 

“Durante o cumprimento das buscas, conseguimos apreender exatamente as fontes de prova que pretendíamos, para confirmar autoria e materialidade dos crimes investigados, e ainda, possibilitar o aprofundamento da investigação, uma vez que há indícios de lavagem de dinheiro por parte do investigado, assim como indícios do envolvimento de terceiras pessoas”, disse o delegado.

 

Conforme a polícia, o investigado responderá pelos crimes de estelionato por pelo menos 305 vezes, associação criminosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, as penas somadas podem chegar a 21 anos de reclusão, além da obrigação de reparação dos danos.

 

(Fonte: g1 Tocantins)