Na Índia a homossexualidade é ilegal, mas Manvendra Singh Gohil, um príncipe gay do país, vem desafiando os costumes locais para acolher outros homossexuais. Ele abriu seu palácio que fica em um terreno de quase 61 mil metros quadrados para abrigar LGBTs em situação vulnerável.
A ideia é construir edifícios para o maior número de pessoas possível: “Quero oferecer empoderamento social e financeiro para LGBTs, para que eles sejam capazes de sair do armário”, declarou ao jornal International Business Times
Tentando ignorar sua sexualidade, o príncipe chegou a se casar com princesa Chandrika Kumari em 1991, mas logo no ano seguinte se divorciaram. Seus pais até chegaram a aplicar um tratamento de ‘cura gay’.
Quando Gohil acabou deserdado pela família e nas ruas e as pessoas chegaram a queimar cartazes contendo a imagem dele.
O príncipe Manvendra Singh Gohil é o filho do marajá Rajpipla, em Gujarat, no oeste da Índia. Quando assumiu sua homossexualidade, em 2006, tornou-se o único membro abertamente gay da família real indiana. O gesto fez com que ele fosse marginalizado pela própria família, mas Gohil não baixou a cabeça. Ele fundou a Lakshya Trust, uma organização que se dedica a apoiar homossexuais e educar a população sobre maneiras de se prevenir o HIV.
No momento, o palácio já conta com dois moradores: seu gerente, que é gay, e uma mulher trans. Gohil deseja que o centro de acolhimento ofereça abrigo, educação sobre a prevenção do HIV, cuidados médicos e treinamento vocacional para seus hóspedes.
“Se eu passei por esse tipo de situação, o mesmo pode acontecer com qualquer outra pessoa homossexual”, disso ao jornal International Business Times.
Fonte: Hypeness