Os (as) professores (as) da rede municipal realizaram uma nova assembleia nesta segunda-feira, 09 de março, em Natividade, na região sudeste do Tocantins, onde decidiram manter a greve da categoria. A decisão foi tomada após a prefeita, Martinha adiar a reunião que estava marcada nesta segunda, para apresentar a proposta da pauta de reivindicações do magistério.
A categoria está em greve desde o dia 28 de fevereiro e reivindica direitos retroativos a 2018, inclusive o reajuste salarial do piso referente aos anos de 2019 e 2020. Para a categoria, a prefeita martinha age com descaso com a Educação.
Na assembleia, os (as) profissionais aprovaram a publicação de uma carta aberta à sociedade relatando o desrespeito da gestão e as dificuldades em dialogar com a prefeitura. Confira.
CARTA ABERTA À COMUNIDADE DE NATIVIDADE
Os (as) Trabalhadores (as) em Educação da Rede Municipal de Natividade, vêm a público, manifestar indignação e revolta com o DESCOMPROMISSO da Prefeita Martinha Rodrigues Neto para com a Educação do município no geral e com a nossa categoria em especial.
Destaca-se que há mais de dois anos os (as) Trabalhadores (as) em Educação tentam sensibilizar a prefeita para um acordo sobre a pauta de reivindicações dos educadores: cumprimento do piso salarial nacional no início da carreira, retroativos da Data-base 2019, cumprimento da Lei do PCCR na íntegra; mas a prefeita não reconhece os direitos dos Trabalhadores em Educação, mesmo sendo PROFESSORA!
Vale ressaltar, que a valorização aos profissionais da educação fazia parte das prioridades nos discursos da então candidata, que se diz professora. No entanto, mais de três anos se passaram e o descaso com nossa categoria só aumenta, uma vez que a prefeita negligencia os direitos legais da carreira do magistério. Ao contrário da valorização, o que se vê é uma administração cada vez mais distante das promessas de melhorias salariais e das reais necessidades da Educação do nosso município.
Recentemente a categoria, cansada e indignada com o descaso, após várias tentativas de diálogo, deflagrou uma greve por tempo indeterminado. De lá para cá, a prefeita tem mostrado toda sua capacidade de enrolar e negligenciar nossos direitos, mostrando total insensibilidade para com os profissionais da educação e com os pais e mães de alunos deste município.
Destaca-se que mesmo comprovado um superávit nos recursos para a educação de MAIS DE DOIS MILHÕES EM 2019, E UM AUMENTO NA PREVISÃO DE RECEITAS PARA A EDUCAÇÃO DE MAIS DE 8,9% PARA 2020, os (as) Trabalhadores (as) em Educação estão com seus salários defasados, referente aos reajustes de 2019 e 2020 e ao Plano de Carreiras do Magistério.
Nesse sentido, alertamos para algumas consequências desse abandono da educação, por parte da gestão, entre elas: a falta de estímulo para trabalhar, uma categoria cada vez mais desvalorizada, mal remunerada e insatisfeita, e a população carente de escolas públicas e ensino de qualidade.
Com isso, nossos profissionais da educação estão chegando ao limite de suas capacidades físicas e mentais, resultado de um profundo desgaste após anos de dedicação sem reconhecimento.
Muitos estão adoecendo ou chegando à aposentadoria sem nenhuma perspectiva de renovação desse quadro negativo.
Por fim, os (as) profissionais em educação não vão suportar mais ENROLAÇÃO E CALOTE, que vem se tornando marca registrada da prefeita. E é por isso que os profissionais da educação vêm a público pedir o apoio da sociedade para reforçar as cobranças à Prefeita do município em uma ampla campanha pela valorização desses profissionais, que tanto já contribuíram com esse município.
Segue abaixo nossa pauta de reivindicações:
- Pagamento dos reajustes os retroativos atrasados;
- Efetivação das Progressões Verticais e Horizontais para todos os profissionais da educação municipal;
- E correção da tabela de salários, CONFORME O PERCENTUAL DO PISO PARA 2020.
Sra. Prefeita, Piso e Carreira andam juntos!
SINTET – JUNTOS E JUNT@S SOMOS MAIS FORTES!