Como contribuir com a sociedade neste momento de pandemia, mesmo em casa? Essa é a pergunta que muitos profissionais da UFT têm feito a si mesmo. A resposta tem sido positiva, fazendo com que professores, alunos e técnicos, cada um em sua área, deem respostas práticas e rápidas à sociedade.

Foi o caso de cinco professores da Geografia, dois ex-alunos do curso, um aluno da Geografia, um da Economia e o técnico do Laboratório de Geoprocessamento, que estão produzindo de casa, diariamente, mapas sobre a evolução da Covid-19 no Tocantins.

O trabalho da equipe, que conta ainda com a colaboração de uma analista da Embrapa, começou em meados de abril, diz o professor do curso de Geografia que está à frente do projeto, Rodolfo Luz:

“Recebemos o convite do professor do curso de Geografia, Rosemberg Ferracini, que inseriu nosso laboratório numa rede nacional denominada ‘Rede de geógrafos para a saúde’, que envolve cerca de 60 pesquisadores, em ao menos 20 Unidades da Federação, de diversas instituições de ensino e pesquisa”. Agora, esta rede está trocando informações e dados e refletindo diariamente sobre a pandemia e suas consequências geográficas.

A Geografia e a pandemia

Divulgação UFT

Luz ressalta que uma pandemia possui um componente geográfico básico, que é a expansão territorial. Este aspecto da pandemia tem que ser muito bem estudado. “As políticas públicas voltada para a contenção de sua expansão, bem como para a análise da capacidade do sistema de saúde de um território, só serão efetivas se o aspecto espacial do fenômeno for muito bem compreendido. Neste ponto, não só o geoprocessamento, mas toda a ciência geográfica pode fornecer elementos teóricos e metodológicos essenciais”, afirma ele.

E é com esse pressuposto que a equipe está produzindo mapas sobre os dados fornecidos pelos boletins diários oficiais do estado e dos municípios, e, sobre informações disponibilizadas pela imprensa. Entre o material divulgado, há mapas com os casos de Covid-19 no estado por município, diferenciado entre caso confirmado e óbito; mapas revelando os casos por sexo da pessoa e por idade.

Há também outros específicos, por exemplo, comparando os casos de pacientes hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado do ano passado com este ano, que revelam um aumento significativo nos casos, e que pode indicar uma possível subnotificação dos casos de Covid-19 no estado.

“As possibilidades são muitas, e dependem de uma equipe capacitada e empolgada em levantar os dados brutos e processá-los, que envolve alunos de graduação, técnico de laboratório e professores”, garante o professor. E o trabalho não para por aí, a equipe agora pretende desenvolver análises que envolvam correlações demográficas (densidade de população, por exemplo), à existência de leitos de UTI e respiradores por município, bem como aspectos dos profissionais de saúde envolvidos.

 

Como ter acesso aos mapas?

A equipe criou perfis em três redes sociais – TwitterInstagram e Facebook – para que o máximo de pessoas possam ter acesso aos mapas elaborados pelo laboratório. Eles escolhem as redes sociais, pois além do grande alcance, permite a divulgação diária e o retorno de impressões e sugestões dos leitores, melhorando a comunicação entre o conhecimento acadêmico da equipe e a população em geral. Basta seguir o laboratório labgeop nas redes para acessar o material que está sendo divulgado.

Um dos mapas preparados pela equipe.

Fonte: UFT

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