Junho Amarelo – Foto – Divulgação

De acordo com a médica gastroenterologista do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), Bárbara Borba, as hepatites virais acarretam 1,4 milhões de mortos no mundo, seja através das infecções virais, do hepatocarcinoma (tumor no fígado) ou da cirrose hepática, por isso a necessidade de diagnosticar e tratar essa doença. Deste modo, Julho foi o mês escolhido para realização da campanha internacional “julho amarelo”, com intuito de promover, e reforçar sobre ações de prevenção, vigilância e controle da enfermidade, sendo o dia 28, a data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

O hospital universitário faz parte da Rede Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e oferta atendimentos especializados em doenças infectocontagiosas e parasitárias para Araguaína (TO) e região.

As hepatites virais são inflamações no fígado causados por vírus, que tem as letras do alfabeto: A, B, C, D e E. Porém, conforme destaca a médica gastroenterologista, Marcelia Brandelli, as mais comuns no Brasil são as causadas pelos vírus A, B e C, e esclarece de forma sucinta sobre diagnóstico, prevenção e tratamento.

Diagnóstico

O diagnóstico dessas doenças é feito através do exame de sangue, que são as sorologias que detectam os anticorpos das hepatites. Existe também no caso da hepatite B e C, os testes rápidos que são amplamente disponibilizados nos postos de saúde da rede pública.

Prevenção

A hepatite A é de transmissão fecal oral, então para prevenir essa doença, deve-se adotar algumas medidas de higiene, como lavar as mãos após o uso do banheiro e antes de manipular os alimentos, higienizar bem os alimentos com água fervida ou filtrada e adotar medidas de saneamento básico.
Para prevenir as hepatites B e C, deve-se usar preservativos em todas as relações sexuais, e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como: escova de dente, lâminas de barbear, evitar compartilhar os alicates das manicures, seringas, entre outros.

Tratamento

Quando fala em hepatite B, não é possível falar em cura da doença, apesar de ter um tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente com hepatite B pode atingir uma remissão dessa doença e evitar ou postergar que ela evolua para fases crônicas como a cirrose hepática, e até mesmo o câncer de fígado.

A hepatite C tem cura, e o tratamento dela também é disponibilizado pela rede pública de saúde e as medicações utilizadas hoje em dia tem uma alta taxa de cura, com baixos índices de efeitos colaterais. Todo paciente de hepatite C deve procurar o tratamento na Unidade Básica de Saúde, ou um gastroenterologista, ou hepatologista para que seja encaminhado para o tratamento da doença.

Serviço de Hepatites do HDT-UFT

A enfermeira Germana Gama falou sobre o funcionamento do Serviço de Hepatites Virais ofertados pelo HDT-UFT. “O paciente que vai iniciar o tratamento no hospital universitário precisa vir com o encaminhamento da Rede e com o resultado reagente para hepatite. Após passar pela consulta médica, esse usuário é encaminhado ao Serviço de Assistência Especializada (SAE), na qual é disponibilizado o atendimento por enfermeiros capacitados para recebe-los, orientar quanto ao tratamento, incentivar a boa adesão, ao uso regular dessas medicações, verificando se não há risco de entrar em abandono. Além disso, o enfermeiro realiza o encaminhamento para os outros multiprofissionais como psicólogos, nutricionistas, assistente social, profissional de educação física, fonoaudióloga.

O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 07h às 19h, exceto nos feriados.

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Sobre a Rede Ebserh

O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde fevereiro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede de Hospitais Universitários Federais atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

Fonte – Assessoria HDT-UFT