Foto- Ricardo Eiji Murakami, acervo Pyka Méx

Com o objetivo de transmitir a cultura e conhecimentos tradicionais, foi realizado pela Associação Indígena Apinajé, Pyka Méx, o Projeto de “Formação de novas gerações de Guardiãs e Guardiões Apinajé e o monitoramento territorial”. A Associação, que é membro da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, contou com apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN, para a execução do projeto.

Cerca de 30 jovens participaram de expedições para reconhecimento dos limites da Terra Indígena Apinajé, nos entornos da Aldeia Prata, oportunidade em que também puderam conhecer nascentes e cabeceiras de ribeirões dentro do território. Todo o processo foi acompanhado por lideranças, anciões e anciãs que transmitiram histórias do povo e do território, bem como saberes tradicionais envolvendo plantas medicinais, locais tradicionais de caça, pesca, coleta de frutas, sementes, entre outros.

Foto- Ricardo Eiji Murakami, acervo Pyka Méx

Na ocasião, os jovens também puderam presenciar violações ao território, como desmatamentos, retirada de cascalho, retirada de madeira ilegal, invasões e uso indevido da terra. A oficina de mapas mentais, com base no que viram e ouviram, sintetizou a experiência com o registro das informações absorvidas na caminhada.

Foto- Ricardo Eiji Murakami, acervo Pyka Méx

Joel Dias, cacique da Aldeia Prata e presidente da Associação Pyka Méx, reforçou a importância da formação para a preservação da cultura Apinajé. “As nossas histórias, a nossa luta pela demarcação e a proteção do território precisam continuar e só passando isso para os mais jovens podemos fortalecer o nosso povo.” relata a liderança.

Para a realização da formação, a Pyka Méx contou com a parceria do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e a Coordenação Local (CTL) Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) de Tocantinópolis – TO.

Foto- Ricardo Eiji Murakami, acervo Pyka Méx