Com objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade, foi instituído em 23 de junho de 2008, conforme a lei nº 11.721, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, sendo comemorado todo dia 11 de outubro, a data traz um alerta sobre riscos da doença e a importância do cuidado com o corpo para a prevenção.

A obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

A nutricionista da Diretoria de Atenção Primária da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Terezinha Franco de Sena destacou a importância da conscientização sobre prevalência, gravidade e diversidade do estigma do peso, “os retratos da obesidade na mídia frequentemente reforçam estereótipos imprecisos e negativos sobre pessoas obesas, o que pode levar ao estigma do peso. As campanhas pedem uma mobilização para acabar com o uso de linguagem ou imagens estigmatizantes e comecem a retratar a obesidade de maneira justa, precisa e informativa”.

A SES-TO tem várias ações em parceria com Ministério da Saúde (MS) e Secretarias Municipais de Saúde para prevenção e controle da obesidade, dentre elas; Ação de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nas unidades básicas de saúde dos 139 municípios, com diagnóstico do estado nutricional da população e do consumo alimentar; Ações de VAN e promoção da alimentação saudável nas escolas voltados para crianças e adolescentes por meio do Programa Saúde na Escola e Programa Crescer Saudável; Programa PROTEJA e a Parceria com Universidade Federal do Tocantins e CNPQ – Projeto ECOA – SUS (Enfrentamento e Controle da Obesidade no Estado do Tocantins).

“A Educação nutricional é essencial para que a nossa população, independente da renda que possui, possa fazer escolhas de alimentos saudáveis que promovam saúde e não doenças”, destacou Terezinha Franco de Sena.

Em casos de ineficiência de outros tratamentos clínicos que são capazes de fazer um controle efetivo do peso nas formas mais graves da obesidade, é indicado como forma de tratamento, como as cirurgias bariátricas. Os procedimentos são indicados para pessoas obesas com o chamado Índice de Massa Corpórea (IMC) acima dos 35, especialmente para quem tem doenças associadas como diabetes, gordura no fígado, hipertensão, apneia do sono, dislipidemia.

“A cirurgia assim como qualquer outro tratamento não é curativo para obesidade são tratamentos que na verdade é uma ferramenta que ajuda o paciente a controlar o peso, a ideia que sempre a colocamos aos nossos pacientes é que busquem mudanças de hábitos alimentares, a prática de atividade para que ele tenha um resultado adequado da cirurgia”, reforçou o Coordenador do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HGP, Jorge Luiz de Mattos Zeve.

Dados

No Tocantins, segundo dados registrados no sistema de vigilância alimentar e nutricional/SISVAN-MS/2021, a prevalência da obesidade e sobrepeso por ciclo de vida:

Crianças – 0 a 5 anos foram de 6,47 % e em crianças de 5 a 10 anos foi
de 11,95 %;

Adolescentes – 9,84% tem algum grau de obesidade;

Adulto – 28,42% tem algum grau de obesidade;

Gestante – 18,81% com obesidade;

Idoso – 45,63 % com sobrepeso.