Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que o setor da Construção Civil registrou um saldo positivo de 605 postos abertos no Tocantins. Esse é o maior resultado dos últimos 10 anos da série histórica. Os dados são referentes ao mês de junho de 2022, mas foram divulgados esse mês pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.
No Brasil, no primeiro semestre de 2022 foram abertos 184.748 novos empregos formais, o que, segundo o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Tocantins (Ademi-TO), Marcelo Machado reforça o quanto o setor está aquecido e precisando de mão de obra.
“Se levarmos em consideração o número de pessoas que foram contratadas com carteira assinada, a construção civil foi o setor que mais gerou emprego em 2022”, diz.
De acordo com o Observatório do Trabalho, historicamente, esse período do ano sempre representa um crescimento do setor e consequentemente do mercado de trabalho. Marcelo afirma que isso acontece devido a um ciclo anual da Construção Civil. Ele explica que os construtores iniciam o ano acompanhando os números de crescimento do setor, da economia e principalmente os dados relativos à quantidade de crédito imobiliário divulgado pelos agentes financeiros no mercado da construção civil. “Após essas análises e divulgações de números, é comum que o setor se aqueça mais ainda pelo otimismo apresentado no primeiro semestre”.
Importante para o desenvolvimento do país, mas também para a composição do Produto Interno Bruto (PIB) anual, o presidente explica que a construção civil é um dos 6 principais motores da nossa economia, juntamente com a agricultura, energia, mineração e outros. Porém, seu impacto é maior, porque o setor é também o que bate recorde na geração de emprego entre os outros. “Isso faz com que a cadeia econômica se aqueça como um todo, diminuindo o desemprego e aumentando o dinheiro circulante na economia”, reforça.
E os bons ventos também sopram por aqui. No Tocantins, Marcelo relata que o mercado está a pleno vapor. Por ser um estado novo, as obras de infraestrutura não param e por conta do crescimento habitacional das cidades, o déficit por novas moradias não consegue ser suprido.
“Começamos 2022 com uma perspectiva de 2% de aumento no setor, hoje essa expectativa já está em 3,5% de crescimento. É um excelente número se considerarmos que em 2021 a construção civil apresentou ótimos resultados”, finaliza o presidente da Ademi-TO.