Brener Nunes-  Gazeta do Cerrado

Nesta quarta-feira, 26, Dianópolis, a “Terra das Dianas”, completa 136 anos de emancipação. Localizado a 342 quilômetros de Palmas, é a oitava cidade mais antiga do Tocantins.

Descoberta em 1750, quando foi rota de lavradores, pecuaristas, mineradores e jesuítas em plena corrida do ouro. A cidade também sede de grandes aldeias indígenas como os Gueguês, Acroás e Xerentes, diz o site da Secretaria de Turismo do Governo do Tocantins.

Dianópolis possui diversos atrativos turísticos como rios, cachoeiras, cavernas corredeiras e nascentes. O centro histórico da cidade ainda exibe casarões da época colonial, testemunhas de uma história repleta de movimentos sociais e lendas.

Segundo a secretaria do Turismo, a lei Provincial n° 03, de 14/10/1854, criou o distrito de São José do Duro, sob a jurisdição de Conceição do Norte e, em 26/08/1884, a Lei Provincial n° 723 elevou o distrito a Vila com o mesmo topônimo, provavelmente instalada em 1890. Em 1938 recebeu o nome de Dianópolis em homenagem às irmãs Custodianas ou Dianas, pertencentes á umas das famílias tradicionais da cidade.

O episódio que marcou a história da Vila do Duro foi protagonizado por índios que reagiram às imposições dos colonizadores. Ocorreram também disputas políticas entre os habitantes locais e invasores, fazendo da vila cenários de lutas sangrentas.

O movimento, no entanto, que mais abalou o Duro foi o confronto, que resultou em uma luta sangrenta, tendo por um lado membros da família Wolney e, por outro, representantes do governo do Estado. Este episódio se estende de 1918 a 1923, tendo como momento mais grave o dia 16 de janeiro de 1919, data da chacina dos nove membros da família Wolney que se encontrava nos presos ao tronco.

As relações historicamente mantidas com a Bahia proporcionaram acentuada influencia cultural. Em Dianópolis pouco se conservou da arquitetura. O centro histórico da cidade, situado em torno da Praça Cel. Wolney é composto de prédios residenciais, restando duas casas do século passado. Essas casas mantêm suas características originais (foram construídas em 1885 e 1892, respectivamente). Além desses imóveis restam também cerca de meia dúzia de outros, que conservam o aspecto original, porém, retratam um estilo já do inicio do século passado, por volta dos anos 30 e 40.