Nesta quarta-feira, 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBT,
data em que se reforça a luta por uma sociedade na qual o estigma, a
discriminação e a violência baseados na orientação sexual e identidade de
gênero não tenham mais espaço, e a DPE – TO – Defensoria Pública do Estado
do Tocantins realizou uma mesa redonda com o tema “Homofobia – Reflexos
Psicossociais e Consequências Jurídicas”, no auditório do IFTO – Instituto
Federal do Tocantins, em Gurupi. É a quarta edição do evento, que já
aconteceu em Dianópolis, Augustinópolis e Palmas, no mês de maio.
A atividade é organizada pelo NUAmac – Núcleo Aplicado das Minorias e
Ações Coletivas de Gurupi e trouxe a reflexão sobre como as pessoas pensam
e se comportam em relação ao respeito à diversidade sexual, destacando a
diversidade enquanto direito humano, o combate à homofobia, os contextos
de exclusão que as pessoas LGBT sofrem diariamente, assim como os reflexos
em suas vidas e as consequências no âmbito jurídico, visando assim
contribuir para a criação de cultura de equidade e respeito.
O debate contou com a participação e exposição de ideias de representantes
de instituições e da população LGBT. Participaram da mesa redonda o
defensor público e coordenador do NUAmac Gurupi, Leandro de Oliveira
Gundim, a defensora pública Lara Gomides, o professor da Unirg Paulo
Henrique Amorim, e a psicóloga da DPE-TO, Isabel Cristina.
“Não se espera que a criminalização da homofobia tenha o condão de acabar
com tal prática, porém cremos que ela, a criminalização, ajudará na
repressão e coerção do ato, reforçando a ideia de aceitação dos direitos
da comunidade LGBTT, resguardados na letra fria da lei desde a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, onde indica-se que todos são iguais em
dignidade sem distinção de qualquer natureza”, frisou a defensora pública
Lara Gomides.
Para o coordenador do NUAmac Gurupi, a realização de atividades como essa
é uma forma de promover direitos humanos, de dar voz às minorias, de somar
forças no enfrentamento contra a discriminação e a violência baseados na
orientação sexual. “Ações assim fazem com que aos poucos as pessoas
dialoguem sobre o assunto. Sem diálogo, a sociedade não amadurece para
alcançar o respeito. A população LGBT é uma população vulnerável e a
Defensoria Pública do Estado do Tocantins vem trabalhando e contribuindo
para promover avanços na defesa dessas minorias”, destacou o defensor
público Leandro de Oliveira Gundim.