Voos com pacientes sempre foram uma realidade nos aeroportos brasileiros. O chamado Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é comum e faz parte do funcionamento da rede de saúde brasileira. Na rede pública, ele é organizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e na particular, os estabelecimentos de saúde organizam livremente. Mas com a pandemia, o transporte de pacientes de outros estados para o Tocantins preocupou vários leitores da Gazeta do Cerrado, que entraram em contato para saber se isso poderia ou não acontecer.

Esta semana, várias aeronaves de Unidade de Terapia Intensiva Aérea (UTI) chamaram atenção e despertado curiosidade por trazerem pacientes para Palmas. Alguns dizem que foram contratadas pela Vale para ocuparem leitos da rede particular, mas o fato não é confirmado. Inclusive, o Hospital Oswaldo Cruz informou que não recebeu nenhum paciente dos mencionados.

Outra hipótese é que seja para a rede pública, uma vez que o Tocantins, assim como todos os estados brasileiros, faz parte do sistema nacional de regulação e recebe pacientes de outras unidades da federação. Para isso, basta ter leito disponível.

Nossa equipe solicitou à Secretaria Estadual de Saúde Pública do Pará informações sobre regulação de pacientes para o Tocantins. Eles ainda não responderam.

O HGP atualmente não tem nenhum leito de Covid ocupado por morador de outro estado.

Aumento de internações no TO

Atualmente o Tocantins tem 82 internados no Estado sendo 29 em UTIs particulares. O crescimento nos últimos sete dias foi de mais de 100% nas internações.

Osvaldo Cruz tem 20 leitos

No Hospital Oswaldo Cruz são 20 leitos de UTI sendo 10 terceirizados. Há pacientes internados lá com isolamento mas não são de fora do Estado, segundo informou o médico Luciano á Gazeta. Conforme o hospital, quatro pessoas já se recuperaram lá.

Os outros 10 leitos são administrados pela Intensicare. A Gazeta tenta contato com a empresa desde cedo mas ainda não teve resposta.

Leitos no HGP

Segundo a Gazeta apurou, o HGP tem quatro leitos de UTI ocupados hoje. Ao todo são 16 UTIs adultas e outros dois pediátricos.

Veja o panorama de leitos

*LEITOS UTI COVID*
*Palmas*
HGP: 16 adulto/02 Ped
HIPP: 06 Ped
HRA: 10
Dom Orione: 10
HRG: 10

Nota da Vale á Gazeta:

 

Nota à imprensa

A Vale oferece a seus empregados a oportunidade de transferência temporária para as suas bases de origem durante a pandemia do novo coronavírus. A medida permite aos empregados estarem mais próximos de seus familiares no período de isolamento, garantindo maior conforto e segurança. Importante esclarecer que, antes de continuarem em trabalho remoto, eles passam por uma triagem de saúde e um período extra de quarentena preventivo.

Além disso, a Vale presta toda a assistência médico-hospitalar a seus empregados, incluindo a possibilidade de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) em centros de referência particulares para casos mais graves ou com possibilidade de agravamento. Estão incluídos neste grupo pessoas já internadas em hospitais, de acordo com protocolos estabelecidos entres as Secretarias Estaduais de Saúde dos Estados envolvidos. Aos empregados que apresentam sintomas da COVID-19, sem tratamento hospitalar, a Vale determinou um protocolo extra de segurança que inclui quarentena em hotel com área isolada exclusivamente para este fim. Após o cumprimento do tempo de observação ou tratamento de saúde, o empregado é liberado para retornar a seu local de origem. Importante ressaltar que o deslocamento até o aeroporto é feito por veículo exclusivo e que todos os empregados são transportados em aeronave própria e cumprindo os protocolos de distanciamento tanto no voo quanto no embarque e no desembarque. Além disso, todos os empregados são orientados a cumprir rigorosamente as medidas de quarentena e distanciamento social.

A Vale reforça que tem o compromisso de cuidar da saúde e da segurança de seus empregados, observando rigorosamente todos os protocolos exigidos pelo Ministério da Saúde.