salário mínimo ideal para sustentar uma família deveria ser de R$ 3.706,44 no mês de março, estimou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é 3,8 vezes maior do que o salário mínimo real em vigor neste ano, de R$ 954. Um mês antes, a remuneração mínima ideal, segundo o Dieese, seria de R$ 3.682,67.

O departamento faz mensalmente o cálculo de quanto deveria ser o salário mínimo, considerando as premissas estabelecidas na Constituição, de que a remuneração fixada deveria atender às necessidades do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Para fazer o cálculo, o Dieese considera uma família composta por dois adultos e duas crianças, e que o gasto com alimentação de um trabalhador adulto não pode ser inferior ao custo da cesta básica.

A cesta básica considerada é sempre a mais cara entre as 27 capitais estudadas pelo Dieese. Em março, foi a do Rio de Janeiro, que valia R$ 441,19. A segunda capital com os alimentos mais caros foi São Paulo (R$ 437,84), seguida por Porto Alegre (R$ 434,70) e Florianópolis (R$ 426,79). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 322,88) e Aracaju (R$ 339,77).

O salário mínimo atual, de R$ 954, teve um crescimento de 1,81% na comparação com o de 2017. Isso foi uma redução real, considerando que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), foi de 2,07%. Segundo o Dieese, o mínimo estabelecido neste ano representa uma perda de poder de compra, retornando ao patamar de 2015.

Fonte: Época Negócios