Brener Nunes – jornalista Gazeta do Cerrado

A Prefeita de Palmas, Cínthia Ribeiro Mantoan antes do desfile cívico de 34 anos se manifestou sobre a crise na saúde após as declarações do governador Wanderlei Barbosa.

A Gazeta participou e traz os detalhes.

Cínthia falou em respeito ás instituições e construção da civilidade. “Essa crise não é uma crise de Palmas”, chegou a dizer.

Ela sugeriu que o secretário de saúde apresente um levantamento do número de mortes que aconteceram no último ano por falta de regulação.

“O formato de fechar as portas do HGP talvez esteja sendo um desafio pra eles administrar , falta um pouco de transparência”, afirmou.

Governador

Ela disse que o governador tem dinamismo e pulso para lidar com a situação.

O que diz a prefeita

“Bem, eu não consegui acompanhar a fala do governador, hoje foi um dia muito movimentado, né? Do ponto de vista das agendas que nós estamos cumprindo na cidade.  Hoje as nossas unidades de pronto atendimento recebem quarenta e um por cento de pessoas que não são oriundas de Palmas. Elas vem de outros lugares, de outras cidades do Tocantins e de outros estados também. Agora se no HGP tem pessoas que deveriam estar na nas UPAs, mostra cada vez mais a falha na regulação dos leitos e quem faz essa regulação é o estado, quem faz a regulação é a Secretaria Estadual de Saúde, ou seja, há que se pensar, eu vejo, já tô acompanhando alguns dias essa crise, essa crise não é uma crise de Palmas”, comentou.

Ela disse em seguida: “Prova disso é que as mortes que aconteceram no último ano em particular elas não aconteceram apenas em Palmas, elas aconteceram nos 139 municípios do estado. Então, eu me solidarizo com o governador no que diz respeito a isso e espero e acredito que ele tome atitudes. Acredito que ele tem bastante dinamismo, muito pulso pra poder trazer a situação, o controle dessa situação e de fato trazer a normalidade do serviço. A regulação é feita em no máximo em 24 horas. As pessoas não podem aguardar no leito das UPAs como ficavam as sete, quatorze, dez dias. E essa regulação agora com certeza é uma obrigatoriedade da alta em média complexidade que é realizada pelo governo”, defendeu.

Sobre  comissão instituída pelo Governo do Estado a gestora afirmou: “ Eu não acompanhei e o secretário municipal de saúde também o Thiago ainda não me posicionou a respeito, agora seria bastante interessante que nessa comissão Palmas também participasse. Inclusive eu até sugeri, queria aproveitar o a presença dos veículos de comunicação aqui pra que nós fizéssemos uma cobrança, um levantamento, né? Do que o Secretário Estadual de Saúde apresentasse um levantamento do número de mortes que aconteceram no último ano. Não apenas em Palmas pela falta de regulação, mas também nos demais 138 municípios. Aí sim nós vamos trazer luz pra ter essas evidências de fato e esses argumentos, todos esses dados vão dar uma complexidade, um dinamismo ainda maior pro trabalho do governo. pra que ele possa tomar decisões ainda mais assertivas no sentido de estabilizar todo esse quadro de uma crise totalmente desnecessária.”, afirmou.

Sobre a relação na saúde entre os entes ela pontuou: “Entre o município e o estado não há dificuldade de transparência. Ela é muito bem feita, eu acredito que o formato de fechar as portas do Hospital Geral de Palmas é que talvez esteja sendo um grande desafio pra eles em administrarem, porque faltam um pouco de transparência e falta mais sobre o formato que a regulação é feita. Em Palmas, quando nós judicializamos essa questão, nós tínhamos aproximadamente 72 pessoas, 72  pacientes, esperando por um leito, esperando pela regulação. Em menos de 24 horas da judicialização, caiu pra 31, ou seja, de fato a gente sabe que que o poder público quando quer e quando tem esse comando, ele pode de fato fazer muito pra resolver, né? Agora nós estamos falando de média, alta complexidade, nós estamos falando de pessoas, que comcerteza não estão ali esperando por uma cirurgia pequena ou se foram reguladas e assim me causa bastante estranheza repetirmos essa fase que essa frase que tem pessoas que estão chegando no Hospital Geral de Palmas o hospital de altíssima cidade com o joelho ralado. Se isso está acontecendo aí mostra gravemente que nós estamos numa crise de regulação. Porque quem regula é o estado. Se o estado permite que entre alguém que era pra fazer um curativo na UPA e está entrando no HGP a regulação realmente está falha”, afirmou.

A Gazeta continua acompanhando o assunto.

Foto: Edu Fortes