A saúde indígena no Tocantins requer atenção por conta da alta transmissão da covid-19 nas aldeias

A situação dos indígenas infectados no Tocantins principalmente na cidade de Formoso do Araguaia preocupa a sociedade em geral, especialmente os órgãos públicos. O trabalho de assistência, da saúde indígena, precisa envolver não só a Sesai por meio do Ministério de Saúde, mas também a Funai e prefeituras.

Nesta quarta-feira, 15/7, a Gazeta do Cerrado conversou com o superintendente da Funai no Tocantins, Osmar Lima sobre a saúde indígena. Mais de 200 indígenas no Estado já foram contaminados e pelo menos dois já morreram em razão de complicações do vírus.

O superintendente foi enfático: “estamos fazendo até além da conta porque nossa meta no momento e o reforço nutricional que estamos acompanhando as fiscalizações em relação as áreas adjacentes e as áreas indiretas”.

Ele disse ainda que não caberia à Funai administrar as barreiras de entradas nas aldeias . “Sobre barreiras não temos atribuição nisso, isso é decreto municipal com autonomia e autoridade . Somos um órgão de acompanhamento humanitário”, disse.

Osmar Lima destacou ainda quea Funai não foi chamada para discutir os decretos municípios com relação aos indígenas. “Estamos fazendo nosso trabalho”, disse.

Delimitando a atuação, o superintendente pontuou que: “nossa preocupação é junto à Sesai, a dificuldade é o padrão comportamental dos indígenas , as vezes eles não se submetem as orientações”.

Outro ponto que o superintendente chama atenção é sobre o papel da Funai. Segundo ele, “não temos mais poder de tutelar o índio, ele é cidadão. nosso trabalho tem sido potencializar o diálogo e a informação neste momento”, declarou.