Saúde

Cinco pessoas que aguardam na fila nacional de transplante receberão órgãos doados por vítima de trauma

Cinco pessoas que aguardam na fila nacional de transplante receberão órgãos doados por vítima de trauma

Na manhã da segunda-feira, 14, o Tocantins realizou, no Hospital Geral de Palmas (HGP), a décima segunda captação de órgãos, no Estado, em 2022. Na ocasião foram doados: fígado, rins (esquerdo e direito) e córneas, de um paciente de 46 anos, vítima de um trauma cranioencefálico (TCE) grave.

Os órgãos foram enviados para São Paulo e poderão beneficiar até cinco pessoas que aguardam na fila nacional para transplante. Dados do Sistema Nacional de Transplante apontam que a lista ativa atual de pacientes adultos e pediátricos em espera por um transplante é de 37.456. Do total, 34.277 esperam por um transplante de rins, que em 2022 contabiliza apenas 3.802 transplantes.

A responsável pela Central Estadual de Transplante do Tocantins, Suziane Crateús Vilela, destacou que “a manifestação sobre o desejo é fundamental para a realização da captação desses órgãos. A doação de órgãos é um ato de amor que beneficia muitas vidas. Para que a doação aconteça, a família tem que ser favorável, por esta razão, é importante expressarmos em vida aos nossos familiares o desejo de ser doador”.

Foi o que aconteceu na doação desta segunda-feira, a sobrinha relata que o desejo em doar os seus órgãos sempre foi expressado pelo tio. “Nosso tio sempre falou a respeito do seu desejo de doar os seus órgãos ele era uma pessoa boa e de certa forma realizar o seu desejo trás um conforto para a família”, desabafou Graziela da Silva Santos.

“É um momento de muita tristeza para a nossa família, hoje estou perdendo um filho amado, mas hoje também algumas mães estão recebendo seus filhos de volta com saúde e isso nos conforta” relatou emocionada, a mãe do doador, Luzia Inacia de Assis.

Como funciona a doação?

Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, ou seja, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação do paciente não é mais possível. Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores.