
A luta contra a doença renal crônica requer uma atenção especial para a saúde mental dos pacientes, familiares e dos profissionais de saúde. Isso acontece porque a hemodiálise, apesar de ser um tratamento essencial para a sobrevivência dos pacientes, pode ter efeitos profundos na saúde mental e emocional dessas pessoas.
“Muitas vezes nos preocupamos com a saúde física e esquecemos da saúde mental, das nossas emoções e nem notamos o quanto as nossas dores internas estão tão profundas em nós. Ainda mais, em um ambiente, como o nosso, que é marcado pela correria, estresse e exposição a situações de sofrimento, o que gera uma necessidade maior de acolhimento emocional”, revela Isabela Carneiro de Sousa, psicóloga da Pró-Rim em Palmas.
O cuidado citado pela psicóloga Isabela Sousa é oferecido o ano todo com o acompanhamento multiprofissional que a Pró-Rim oferece. Mas, agora em setembro, ele ganhou um destaque ainda maior, já que a unidade de Palmas abraçou a campanha Setembro Amarelo em prol da prevenção ao suicídio e fomentar a conscientização sobre o quanto a saúde mental importa.

“Buscamos fortalecer o apoio emocional entre pacientes, familiares e profissionais da saúde, criando um ambiente de escuta ativa, acolhimento e empatia. Também vamos reforçar a necessidade de valorização da vida, lembrar que eles podem procurar ajuda e dizer que nós psicólogos estamos aqui para acolhê-los”, garantiu Isabela Sousa.
A psicóloga destacou ainda que as ações iniciaram em 10 de setembro e vão até o dia 22 de setembro. Dentre as iniciativas está a realização da “Caixa do Espelho”, uma técnica dinâmica focada no autoconhecimento, autovalorização e reconhecimento das qualidades. “Estamos buscando estimular a expressão emocional e, também, fortalecer a autoestima para que todos conheçam a si e se valorizem”, ressaltou a psicóloga.
Cuidando de quem cuida
No período de 19 a 22 de setembro, o foco das ações de sensibilização será exclusivamente para os profissionais da saúde. Dentre as iniciativas previstas estão:
realizar rodas de conversas e a dinâmica “Escuta sem Julgamento” que promove o acolhimento e a escuta ativa.
“Enquanto profissionais de saúde, muitas vezes somatizamos tantos estresses, conflitos internos e acolhemos tantas dores dos outros que esquecemos das nossas. E, por isso, estamos trazendo novamente à tona a necessidade do autocuidado e o reconhecimento de que somos seres humanos que também precisam de cuidado. Afinal, temos falhas, erramos, aprendemos, sofremos e crescemos”, destacou Isabela Sousa.