Em uma vistoria feita pela Defensoria Pública do Estado, constatou que certa de 1220 pacientes estão à espera para realizar cirurgia ortopédica no Hospital Geral de Palmas. Segundo a Defensoria, muitos pacientes estão esperando atendimento a quase meio ano, mas não ainda não foram atendidos.
A equipe da Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que reconheceu a demora nas cirurgias e garantiu que tem implantado ações para amenizar o impasse e diminuir a demora.
Veja a íntegra da nota:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reconhece que há grande demanda de atendimentos no Hospital Geral de Palmas (HGP) em especial na área da ortopedia. Das 900 cirurgias/mês, cerca de 10 mil cirurgias/ano, 300 cirurgias são realizadas somente da ortopedia no mês, ou seja, 3.600 são cirurgias ortopédicas realizadas por ano no hospital, o que demonstra que a equipe está trabalhando diuturnamente.
A maioria desta demanda é de usuários vítimas de acidentes de trânsito. Para conter isso, a SES está trabalhando junto aos órgãos de Segurança e Trânsito a fim de estimular campanhas de conscientização e educação no trânsito e consequentemente reduzir estes índices. Um paciente politraumatizado por um acidente de trânsito leva em média seis meses de internação e realiza diversos procedimentos cirúrgicos, ocupando leitos e salas cirúrgicas por longos períodos.
Alguns problemas encontrado na demora dos atendimentos da Unidade é a indicação de órteses e próteses não padronizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que faz com que tenha que se abrir processos de compra especificios para este tipo de produto aumentando o tempo de espera para o atendimento do paciente. A SES está padronizando junto às equipes médicas todos os equipamentos utilizados para dar agilidade aos processos de compras.
A Secretaria esclarece que o HGP atualmente as seis salas cirúrgicas da Unidades são insuficientes para atender a demanda, mesmo trabalhando 24h por dia. Para sanar este problema o Governo do Estado está buscando a liberação do bloqueio judicial de R$ 32 milhões retidos na Operação Ápia da Polícia Federal, que poderão ser usados para a conclusão da obra de ampliação do HGP, que inclui 10 novas salas cirúrgicas que darão rapidez ao atendimento dos pacientes.
O Governo do Estado lamenta a demora no atendimento dos usuários, mas garante que todos os esforços estão sendo realizados para melhor atender a população, exemplo disso é a utilização dos hospitais do entorno da Capital (Porto Nacional e Paraíso do Tocantins) para realização das cirurgias ortopédicas e de outras especialidades nos finais de semana, liberando leitos e salas cirúrgicas no HGP.
Por fim a Secretaria ressalta que o HGP junto com sua equipe de profissionais é referência em atendimentos de alta complexidade e vai continuar realizando todos os esforços para atender a todos da melhor forma possível, dando prioridade às cirurgias de alta gravidade e maior risco de morte como as urgência e emergência. As demais são reguladas de acordo com a classificação clínica de risco, obedecendo a critérios como a complexidade, gravidade do caso, idade e tempo de internação. Enquanto não são realizados os procedimentos os pacientes seguem internados sob os cuidados da equipe multiprofissional da unidade.