A Associação Tocantinense de Municípios (ATM) constatou que a grande maioria dos Municípios do Estado encontra-se com serviços públicos suspensos e obras paralisadas em virtude da paralisação nacional da classe de caminhoneiros, que afetou drasticamente a distribuição dos insumos de combustíveis (diesel e gasolina) nas mais de cinco mil cidades brasileiras. Prefeitos tocantinenses estão preocupados com a situação, e se veem de mãos atadas, ao cogitar a hipótese de decretar situação de emergência e calamidade pública em suas comunidades por conta da falta de combustíveis.
Em Santa Terezinha do Tocantins, na Região do Bico do Papagaio, a prefeitura paralisou as principais áreas, ao atender em regime de plantão apenas os casos de saúde que inspiram emergência. “Acabou a gasolina, e o restante que tínhamos enchemos os tanques das ambulâncias para um eventual caso de emergência. Escolas municipais com aulas suspensas e as obras paralisadas, pois não temos combustíveis para as máquinas”, afirmou a prefeita Itelma Belarmino. A Prefeitura de Santa Terezinha do Tocantins decretou Estado de Calamidade Pública nesta terça-feira, 29.
Situação de Emergência
Em Talismã, na Região Sul do Estado, a prefeitura decretou situação de emergência, devido o desabastecimento e a escassez de combustíveis. Segundo o prefeito Diogo Borges, a partir desta terça-feira, 29, as aulas da rede Municipal de Educação estão suspensas por prazo indeterminado, logo o Transporte Escolar também foi prejudicado. O decreto da prefeitura de Talismã suspende temporariamente as obras que necessitam de utilização de maquinas da frota municipal, exceto em caráter emergencial. Não serão paralisados os serviços da Secretaria de Saúde, especialmente os de urgência e emergência, bem como a coleta de lixo.
Redução de carga horária
Situação delicada também está Fátima, que mesmo tendo parceria com o posto de combustíveis da cidade, que privilegiou o abastecimento de ambulâncias e caminhões de coleta de lixo, está prestes a decretar situação de emergência. “Estamos cogitando a possibilidade de promover uma reunião nesta terça-feira para discutir essa medida. Está faltando insumos no comércio e a população já está sentindo os efeitos”, disse o prefeito Washington Vasconcelos. Segundo a ATM, grande maioria das gestões municipais reduziu a carga horária de funcionamento das prefeituras para seis horas corridas, como medida para adequar-se a situação de crise que vive as cidades brasileiras.
Medidas
O presidente da Associação, prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, orienta os gestores a adotarem medidas que amenizam os impactos da paralisação nas atividades das prefeituras e no andamento do Município. “Controle efetivo dos gastos públicos, redução da jornada de trabalho da prefeitura, suspensão temporária de aulas da rede Municipal de Ensino, atendimentos em regime de plantão nos postos de saúde e estratégias pontuais de comunicação social são ações fundamentais para que as gestões consigam lidar com a crise, ao passo que informem a população local sobre a situação da paralisação e sobre uma previsão de estabilidade com o retorno dos combustíveis aos postos”, explica Mariano.
Prefeitos e prefeitas de todo o Estado projetam que ainda esta semana a situação possa se normalizar, com o abastecimento dos postos de combustíveis, após o fim da paralisação.