Neste domingo, 30, mais um servidor da Câmara Municipal de Porto Nacional deixou a prisão. Outros dois investigados da operação Poker Face foram soltos no último dia 27 de dezembro. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso na manhã desta segunda-feira, 31.
O delegado Ricardo Porto afirmou os homens foram liberados porque contribuíram com a investigação e que o próximo passos é analisar os materiais encontrados, além de ouvir testemunhas.
Continuam presos os vereadores Emivaldo Pires de Souza (PTB), Adael Oliveira Guimarães (PSDB), Jean Carlos da Silva (PV), além do secretário Geylson Neres Gomes (MDB) e um empresário do ramo de informática.
A operação
A Polícia Civil do Tocantins realizou na última quinta-feira, 27, em Porto Nacional, a 60 quilômetros de Palmas, a Operação Poker Face, que é seguimento à Operação Catarse, realizada no município no último dia 17 de dezembro. A ação se deu por meio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC/Porto Nacional), com o apoio da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA), do 1º Distrito Policial de Palmas, e Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
O objetivo da operação é investigar um processo fraudulento de licitações na Câmara de Vereadores de Porto Nacional. A suspeita da Polícia Civil é que o esquema criminoso acontecia desde 2013, com um prejuízo para os cofres públicos que passam dos R$ 700 mil. A Polícia acredita que o esquema organizava licitações fraudulentas no órgão público em diversos setores, desde a organização de eventos públicos a aquisição de equipamentos de informática.
Participaram da operação, cerca de 40 policiais civis. De acordo com o delegado Ricardo Real, responsável pela ação policial, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, sendo seis em Porto Nacional e dois em Palmas. Entre os presos em Porto Nacional estão três vereadores e um parlamentar licenciado, além de um servidor da Câmara de Vereadores e um ex-servidor daquela casa legislativa, responsável pelo esquema fraudulento de licitações.
Em Palmas foram presos um empresário e um ex-vereador de Porto Nacional. Um mandado de prisão preventiva ainda encontra-se aberto. “Nós estabelecemos o ano de 2013 para começarmos as investigações porque as empresas comandadas pelo responsável pelo processo fraudulento foram instaladas naquele ano. Então por isso tomamos este marco como base”, afirmou o delegado Ricardo Real, acrescentando que com o andamento das averiguações, anos anteriores às investigações também poderão ser adicionados ao inquérito policial.