Nesta quarta-feira, 15, os profissionais de saúde do município de Colinas do Tocantins fizeram uma manifestação em frente à prefeitura usando faixas, cartazes e carro de som para cobrar uma posição do prefeito Josemar Casarin (PSL), a respeito do pagamento das progressões e da data-base.
Já se passaram quase 10 anos! E até hoje os profissionais estão aguardando para receber a primeira progressão na carreira, além dos retroativos referentes à data-base.
O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria foi criado ainda no ano de 2012, mas os direitos dos servidores não estão sendo cumpridos pelas gestões municipais.
“Servidores da saúde de Colinas estão desmotivados! Há quase 10 anos aguardando ainda a 1ª progressão. Queremos data-base e progressões em dia”, cobra uma das faixas. O movimento tem o apoio do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado do Tocantins (Sintras).
A categoria não descarta a possibilidade de uma paralização.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Colinas disse que “recebeu, com surpresa, a notícia da paralisação dos serviços de enfermeiros nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), considerando que já existe uma negociação com todas as categorias do Município, para revisão no Plano de Carreira de pagamentos de todo o passivo deixado pelas gestões anteriores”.
A prefeitura disse ainda que já está em diálogo com o sindicato que representa os servidores do Quadro Geral, inclusive com grandes avanços. Conforme a nota, a assessoria contratada para a elaboração da proposta que será apresentada aos servidores já está finalizando os levantamentos.
“A decisão de iniciar as negociações com o Quadro Geral foi motivada pelo fato desta categoria estar com prejuízos nos salários, com mais de sete anos sem revisão, ao passo que outras categorias, incluindo a da Saúde, possuem salários menos defasados”, informou a prefeitura.
A prefeitura ainda ameaçou suspender as negociações caso haja paralisação dos servidores e ainda recorrer à Justiça. “Em caso de paralisação, prejudica as negociações, haja vista que não terá alternativa senão apelar ao Poder Judiciário para garantir a execução dos serviços essenciais da saúde, dentro deste cenário de pandemia, bem como a declaração de ilegalidade do movimento paradista”.