Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

A placa em homenagem à Marielle Franco que foi jogada dentro de um córrego há exatamente uma semana, foi resgatada por dois servidores da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A placa havia sido instalada na avenida de entrada da instituição.

Os jovens Tiago Rodrigues e Edy Cesar gravaram um vídeo defendendo a democracia

Na gravação, Edy César diz: “vocês achando que a democracia brasileira foi jogada no rio. Mas se querem jogá-la no rio vamos resgatar como fizemos com placa e colocamos de volta, e está cimentada”, afirmou.

Já Tiago destaca que a ação foi um ato de resistência. “Isso foi um ato de resistência, simbólico, pela democracia, pelas justiças sociais, pelos direitos de todas e todos”, destacou o jovem.

No vídeo, também foi gravado o momento em que eles pegam a placa do rio. Fotos também mostram a placa sendo cimentada novamente.

A placa foi colocada na entrada da Universidade ainda em 2018 e esta foi a segunda vez que ela é alvo de vândalos.

Em agosto deste ano, a placa foi derrubada e pichada. Na época, o ato causou grande revolta à líderes de movimentos sociais e estudantes da própria UFT.

Placa foi encontrada por estudantes que passava pelo local – Foto – Deny Oliver

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados a tiros dentro de um carro, no bairro Estácio, região central do Rio de Janeiro.

Marielle foi atingida por pelo menos quatro tiros na cabeça após um outro veículo emparelhar ao lado do carro em que ela estava em março do ano passado.

Prisões

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram no dia 3 de outubro deste ano, cinco mandados de prisão sobre as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Os mandados foram contra o policial reformado Ronnie Lessa, apontado com um dos participantes do crime.

Os outros alvos foram a mulher de Ronnie, Elaine Lessa, o cunhado dele, Bruno Figueiredo, Márcio Montavano e Josinaldo Freitas. Eles são acusados de obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o grupo teria ocultado armas usadas pelo grupo de Ronnie, entre elas a submetralhadora HK MP5, que teria sido usada para matar Marielle e Anderson.