Você sabe como melhorar a segurança do seu Wi-Fi? Não é incomum que pessoas tentem invadir a sua rede sem autorização com aplicativos que roubam a senha ou tentando descobrir a senha caso ela seja frágil.

E até mesmo suas informações pessoais podem ser acessadas pela rede sem fio caso a conexão não seja segura. É o que explica Marcelo Teixeira, professor e pesquisador em segurança da informação e redes de comunicação da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Alphaville).

Por exemplo, acessando o Wi-Fi, é possível monitorar onde você está navegando na internet. Se está pesquisando sobre convênios médicos, por exemplo, informações sobre saúde podem ser usadas para aplicar um golpe.

Além disso, o acesso aos seus dados pessoais e até atividades fraudulentas em seu nome podem ser feitas a partir da conexão à internet.

Por isso, é importante “conhecer as proteções mesmo que seja um usuário sem experiência digital“, acrescenta.

Para evitar essas situações, o pesquisador sugere algumas dicas de proteção. Veja abaixo:

Não coloque senhas fracas

 

Um ponto importante é alterar a senha padrão do roteador. Ela é propositalmente fácil para, num primeiro momento, o dono da rede conseguir alterá-la. Porém, algumas pessoas acabam mantendo essa configuração.

De preferência, crie a sua própria senha seguindo as dicas abaixo:

  • Use letras maiúsculas e minúsculas, além de números e caracteres especiais, como @ e $;
  • Não use a mesma senha que você utiliza em outros lugares;
  • Evite senhas óbvias, como data de aniversário ou seu próprio nome.

 

❌ Deixe sua rede ‘invisível’

 

Há uma função do roteador chamada Service Set Identifier (“Identificador do Conjunto de Serviços” ou SSID) que, quando ativada, pode deixar a rede “invisível”, tornando-a mais segura.

Na prática, esse recurso é o nome da rede, que aparece na lista de conexões disponíveis ao pesquisar pelo computador ou celular, por exemplo.

É possível acionar o “modo invisível” da rede pelo computador ou pelo celular, por exemplo. Com os aparelhos, é possível alterar essas e outras configurações. Veja no manual do seu modelo do roteador para saber como.

Se quiser compartilhar a rede com algum conhecido, basta informar o nome e a senha correta. Não é preciso pesquisar redes disponíveis neste formato.

Neste caso, o nome da rede não vai ser exibido para quem pesquisar o Wi-Fi nas proximidades.

Use o padrão de criptografia correto

 

Os equipamentos de roteador têm padrões de criptografia, processo que embaralha dados para dificultar a espionagem, oferecendo, assim, mais proteção.

Nas configurações da conexão Wi-Fi, dê preferência aos protocolos WPA2 ou WPA3. Os dois protegem a conexão sem fio e, ao mesmo tempo, escondem dados e preservam comunicações, além de bloquear aplicativos que tentam invadir o sistema.

Os padrões usam criptografia AES, uma padronização de segurança norte-americana. Esse ajuste, por sua vez, permite uma camada de segurança mais robusta com senhas mais complexas.

Deixe o roteador atualizado

 

O roteador tem um sistema operacional de segurança chamado “firmware”. Você precisa atualizá-lo manualmente. Para isso, acesse as configurações do aparelho através de um computador ou celular.

A atualização é baixada pela internet. Após obter a versão mais recente no seu aparelho, ative-a manualmente.

As novas versões incluem, geralmente, correções de segurança importantes. Sem esses ajustes, a rede poderá ter brechas e ser acessada por terceiros.

Fonte: G1