Maju Cotrim

Em vários municípios o Tocantins como Palmas e Colinas, centenas de líderes sindicais realizam protesto na manhã desta sexta-feira, 22, contra a Reforma da Previdência. Cidades como Araguaína, Gurupi e outros municípios do Estado estão mobilizadas com faixas contra a Reforma, mensagens e discursos em carro de som.

Segundo a organização, Cerca de mil pessoas estão reunidas em Palmas, em frente ao INSS, contra a reforma da previdência, e no que chamam de desmonte proposto pelo presidente Jair Bolsonaro. Estão reunidas as seguintes centrais sindicais: NCST, CUT, Força Sindical, CSPB, CTB, Intersindical. E mais de 20 sindicatos filiados a essas centrais.

Líderes discursam e chegam a chamar a Reforma de “maldita”. ‘Não queremos nova Previdência, queremos a Previdência dos Trabalhadores, do povo como um todo”, disse o presidente da CUT, José Roque.

O deputado federal Célio Moura do PT também participou do ato em Palmas. Ele disse que tem mobilizado e debatido sobre o assunto. “Estamos sabendo o desastre que é para o Brasil essa Reforma. É absurda”, disse. Segundo ele, a reforma é um golpe contra os trabalhadores. “Quem está com 35, 40 anos hoje não vai aposentar. É um absurdo, querem desconstitucionalizar a Previdência. Vão querer enganar o Congresso e a população”, disse.

Assista abaixo vídeos da manifestação:

 

O que dizem os Sindicatos

Confira abaixo a interpretação dos Sindicatos sobre a Previdência:

Para os professores e as professoras da educação básica foram mantidas as propostas do texto extraoficial. Ou seja: as regras para os futuros docentes (redes públicas e privada) exigirão 60 anos de idade e 30 anos de contribuição, para homens e mulheres.

Já a regra de transição para os/as atuais professores/as do nível básico foi piorada, exigindo-se, por exemplo, no caso dos servidores públicos, a idade mínima de 60 anos (ambos os sexos) para se obter a integralidade dos proventos, aos que ingressaram até 31.12.2003. Para todos os demais, inclusive aqueles que ingressaram na data supracitada, mas que não alcançarem 60 anos de idade, valerá a regra geral de 60% do total da média remuneratória, a partir dos 20 anos de contribuição, acrescido de 2% a cada ano adicional, podendo totalizar 100% da remuneração aos 40 anos de contribuição.

A PEC 6/2019 mantém a maior parte das mudanças anunciadas na versão preliminar (extraoficial), porém amplia a abrangência das medidas que afetarão gravemente os segurados dos regimes Próprios (servidores públicos) e Geral (INSS) de Previdência.

“Vamos lutar pelo direito a Aposentadoria, pela Previdência Social e contra essa reforma maldosa que propõe o fim da aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras. É preciso enfatizar que também somos contrários a substituição dos regimes próprios e Geral pelo sistema de capitalização proposto pelo Governo”, disse o presidente do Sintet e da Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT), José Roque Santiago.

No Tocantins, os atos contam com participação das centrais sindicais: CUT, NCST, CTB, Força Sindical, UGT, Pública e CSP- Conlutas e de diversos movimentos sociais.