Uma professora da educação básica, identificada por Elisângela Mendes Sobrinho foi tomada como refém por detentos, próximo das 15 horas, desta terça-feira, 2, durante o exercício da função, no presídio Barra da Grota, em Araguaína. Essa é uma preocupação antiga do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), que já havia questionado à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) sobre a permanência de professores nas unidades prisionais.

O sindicato encaminhou no último mês de junho, um oficio cobrando informações sobre a estrutura de segurança assegurada aos profissionais, sobre de que forma são realizados os procedimentos para contratação de professores e se há alguma formação para atuação nas prisões.

O Sintet ainda cobrou informações à Seduc, se o Estado assegura aos profissionais o auxílio periculosidade, bem como solicitou qual a situação funcional (efetivos ou contratos) destes profissionais. Até o momento a secretaria não respondeu a comunicação enviada pelo sindicato.

Em reunião do Comitê Estadual de Educação em Prisões no Tocantins (COMEP-TO), realizada em junho deste ano, o secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado, membro no conselho, também questionou sobre as condições físicas, se estas eram adequadas para o oferecimento da educação básica nas unidades.   “Precisamos averiguar sobre quais as condições são asseguradas aos profissionais da Educação dentro dos presídios”, questionou Furtado.

“As demandas da Educação são constantemente evidenciadas no dia a dia dos profissionais, como no caso da professora que hoje se encontra refém, reafirmamos, que se a gestão ouvisse nossas reivindicações protocoladas pelo sindicato e buscasse o diálogo, certamente teríamos outras realidades”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

O Sintet torce para que a professora que continua refém, conforme informações divulgadas pela imprensa, seja resgatada o quanto antes.

Ofício professores e sistema penitenciário

 

Fonte:  Nubia Martins – Assessoria de Comunicação