O Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcamto) por intermédio do seu presidente, José Aparecido do Nascimento, chama a atenção do Governo do Estado para a demora da construção da nova ponte de Porto Nacional. Aparecido observa que a limitação de peso da carga em 30 toneladas, tem prejudicado fortemente caminhoneiros, produtores, comerciantes e toda a população de Porto e imediações.

Conforme José Aparecido, a travessia é praticamente impossível para qualquer tamanho de veículo, pois além de problemas na estrutura da fundação da ponte, seu assoalho encontra-se bastante degradado. “Tais limites têm prejudicado a atividade econômica da região e dado a sensação de desprezo do Poder Púbico em relação à população atendida pela referida ponte”, manifestou Aparecido.

A ponte interliga a região de Porto à BR-153 e à Ferrovia Norte-Sul. Segundo o presidente, a limitação de carga atualmente em vigor prejudica principalmente os caminhoneiros que muitas vezes têm que aumentar seu trajeto. “Muitos motoristas só descobrem a proibição já próximos do local, e são obrigados a dar a volta por Palmas, o que aumenta muito os custos da viagem e gera encarecimento das despesas para o próprio motorista”, disse o presidente.

O líder sindical afirma que além das muitas perdas de direitos sofridas pelos caminhoneiros, os mesmos ainda têm que conviver com essa situação em Porto Nacional, a qual precisa ser revista pelos governantes. Ele lembra que a obra, mesmo tendo sido lançada pelo ex-governador Marcelo Miranda, em outubro de 2017, ainda não foi iniciada. Situação agravada pela suspensão por parte da Justiça Federal do empréstimo que o governo realizaria com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 453 milhões, do qual uma parcela seria destinada à construção da nova ponte.

Por outro lado, a Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto), disse que ainda é aguardada a liberação de recursos provenientes de outro empréstimo da Caixa firmado há cerca de três anos. Segundo a Ageto, a empresa contratada, Rivoli do Brasil, ainda está finalizando o projeto da construção. A Agência informa que serão colocadas balsas no local para a travessia dos caminhões com peso acima do autorizado, serviço que também não tem previsão para iniciar.

Diante de toda essa realidade, o governador interino Mauro Carlesse (PHS), anunciou conforme o site gazeta do serrado, que está articulando ações com objetivo de liberar os recursos destinados à ponte. Com essa manifestação de Carlesse, o sindicato disse esperar que o resultado positivo.

Ponte de Xambioá

Também a demora no início da construção da ponte ligando a cidade de Xambioá ao município de São Geraldo no Pará preocupa o presidente do Sindcamto. A obra a ser construída sobre o rio Araguaia, com recurso de emenda da bancada federal, chegou a ser lançada em agosto de 2017 pelo presidente da República, Michel Temer, mas até essa data não teve nenhum tijolo assentado.