Siqueira e Gomes terão que fazer renúncias no TRE; Substituição “balança” grupo Carlessista

Maria José Cotrim

Após as confirmações verbais de troca na titularidade do Senado, internamente a Chapa de Mauro Carlesse vive questionamentos  e seu primeiro “fato novo” neste início de campanha. A retirada do ex-governador Siqueira Campos (Democratas) na noite desta quarta-feira, 15, por meio de entrevista ao Jornal do Tocantins via ligação direto do Hospital Santa Teresa aconteceu minutos depois da coligação anunciar á imprensa o registro da chapa no TRE. O protocolo foi feito com Siqueira na cabeça de chapa e Eduardo Gomes na primeira suplência.

A coligação de Carlesse mandou material á imprensa ás 18h57 confirmando Siqueira na titularidade ao Senado e a matéria sobre a desistência foi publicada ás 19h06min no renomado Jornal do Tocantins em entrevista concedida pelo ex-governador ao jornalista Tião Pinheiro.

Após o anuncio, vários trâmites devem ser tomados junto ao TRE para mudar a vaga. Siqueira precisa renunciar oficialmente junto á corte eleitoral para abrir a vacância e Gomes também terá que renunciar para depois registrarem novamente. Após renunciarem, o TRE tem que homologar e depois os dois invertem a posição na chapa com um novo registro.

Saindo dos trâmites burocráticos e indo para a parte política, o assunto rendeu no grupo Carlessista e foi a primeira ventania no “céu de brigadeiro” que os governistas viviam até então. Há quem acredite que a desistência não foi mero acaso, pelo fato de ter ocorrido após o registro.

Além disso, Carlessistas querem que a decisão da mudança passe também pelos partidos e pelo grupo. ” Não é uma decisão apenas da cozinha do Democratas e sim da coligação e de todos os partidos”, disse um dos articuladores políticos á Gazeta sobre o assunto.

O delegado da coligação, Claudinei é quem deve cuidar da substituição pois é o representante do grupo junto ao TRE.

Há quem defenda que a decisão da substitução passe também pelo grupo e pelo próprio governador que estava fora de área no momento do acontecido e que se inteirou dos fatos após o acontecido. A decisão natural de substituição é por Eduardo Gomes, é claro mas tem Carlessista que não esconde o desejo de disputar o Senado como o ex-governador Carlos Gaguim, por exemplo.

Eduardo Gomes já declarou em entrevista á Gazeta após o ocorrido, que se sente honrado em ocupar a titularidade da vaga e que vai trabalhar firme na campanha.