Avenida Teotônio Segurado, em Palmas – Foto – Divulgação
O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 23ª Promotoria de Justiça da Capital, realizou na manhã desta quinta-feira, 26, audiência administrativa com representante da Federação Tocantinense de Triathlon para tratar acerca da ausência de ciclovias e da precariedade da conservação do sistema cicloviário na capital. As informações colhidas irão subsidiar o inquérito civil instaurado, ainda em 2019, com o fim de verificar a situação.
O Secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Luiz Cláudio Gonçalves Benício, foi convidado para participar da audiência, mas não compareceu.
A reunião foi conduzida pela promotora de Justiça Kátia Chaves Gallieta, que questionou, inicialmente, a representante da Federação de Triathlon, Paula Rovani, sobre a Área para Treinamento do Ciclismo de Competição “Pedro Caldas”, local destinado pelo Município para a prática esportiva de ciclismo.
A atleta informou que a pista não vem sendo utilizada pelos ciclistas porque não há bloqueio do tráfego de carros e motocicletas da via para a prática de treinamento, conforme havia prometido a prefeitura.
Paula Rovani explicou que cerca de 60 ciclistas treinam, desde o mês de julho do ano passado, às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, entre 6h e 8h, na avenida NS-15, trecho entre a UFT e a entrada dos condomínios Polinésia e Caribe, no entanto, os ciclistas se sentem inseguros em razão da imprudência e negligência de motoristas que insistem em desrespeitar as regras de trânsito, principalmente porque o local não possui sequer as faixas brancas de separação das pistas para veículos na via de circulação.
“Tanto que alguns acidentes já aconteceram durante treinamento naquela avenida”, citando o exemplo de um acidente em que um atleta foi atingido por um veículo quando este ultrapassou um grupo.
Outro ponto utilizado pelos ciclistas é o trecho que sai da Praia da Graciosa, passa pela avenida JK até a Avenida Theotônio Segurado, finalizando no aeroporto, o qual, segundo a atleta, seria indicado para a criação das ciclofaixas e requer pouco investimento da prefeitura.
Neste sentido, ela ainda lamentou a desativação da ciclofaixa da avenida Theotônio Segurado, falou da necessidade da realização de campanhas e ações educativas para conscientizar os motoristas sobre a importância de respeitar o ciclista e alegou que sequer as federações integram o Conselho de Mobilidade Urbana.
Ao fim, Kátia Gallieta determinou o encaminhamento da ata da audiência à Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, requereu que a secretaria faça a inclusão dos presidente das Federações de Ciclismo e Triathlon para ingressarem no Conselho de Mobilidade Urbana como convidados e que remeta informações sobre a atual composição, bem como cópias das atas das reuniões realizadas no ano passado.
Uma recomendação administrativa será expedida à Secretaria para que seja reativada a ciclofaixa existente na Avenida Theotônio Segurado, bem como implantada imediatamente a sinalização da Avenida NS-15.
Fonte – Ascom MPTO