
Em meio às recentes exonerações que impactaram mais de 1.200 contratos temporários na Secretaria de Educação do Tocantins (Seduc), o deputado estadual Eduardo Fortes manifestou forte reprovação às medidas adotadas pelo governo interino de Laurez Moreira.
Em vídeo publicado em seu Instagram, Fortes lamentou a situação das famílias afetadas pelas demissões publicadas no Diário Oficial do Estado. “Ontem, aprovamos o Plano de Carreira, Cargo e Remuneração (PCCR) da Educação, uma vitória para todos da área. A educação dormiu feliz e acordou triste, com mais de 1.200 demissões”, criticou o parlamentar. Ele ressaltou o impacto humano da medida: “São famílias que dependem do trabalho, que não foram comunicadas e de repente veem seus nomes no Diário Oficial, perto do Natal, momento em que as famílias já fazem seus planejamentos.”
O deputado conclamou por mudanças no modelo político e de gestão, condenando a prática de demissões em massa como forma de fazer política, e expressou solidariedade às pessoas que recebem salários mínimos e enfrentam a incerteza repentina do desemprego em um momento tão delicado. “Minha nota é de repúdio a essa prática. É triste saber que isso ainda acontece na política brasileira”, afirmou Fortes.
Em contrapartida, a Secretaria de Estado da Educação esclareceu, por meio de nota, que a extinção dos contratos temporários, totalizando 1.127 vínculos e 14 cargos comissionados, foi motivada por critérios técnicos e com a intenção de otimizar recursos públicos. A Seduc afirmou que a medida não afetará a oferta nem o funcionamento dos serviços educacionais, uma vez que os ajustes foram baseados na real necessidade das unidades escolares e administrativas.
O secretário da Educação, Hercules Jackson, afirmou que a reorganização visa corrigir distorções acumuladas e promover uma gestão pautada na legalidade, economicidade e no interesse público. “Foi identificada a existência de servidores excedentes, sem prejuízo para as escolas, e por isso a necessidade de reorganização”, explicou. Segundo ele, a ação faz parte do compromisso com a responsabilidade fiscal e o fortalecimento da rede estadual, prevendo uma economia mensal de cerca de R$ 2,7 milhões que será aplicada em manutenção das escolas, formação de professores e investimentos pedagógicos.